sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Vamos aprender a vencer? - Parte 3

Vamos aprender a vencer? - Parte 3
Por Henrique Terroni Filho

Na primeira matéria desta série, comentei que a maior dificuldade do amador é saber como vencer um jogo. Na segunda, falei de alguns aspectos que devem ser observados, como humildade, determinação, estratégia e calma. Nesta matéria complementarei os aspectos. Os primeiros referiam-se a uma postura comportamental. Estes são predominante-mente técnicos:

5 - Regularidade
É básico. A quadra tem linhas demarcatórias no fundo, nas laterais e uma rede no centro. O jogador lançando a bola além das linhas ou na rede, perde o ponto. De nada adianta um ponto vencedor e dois ou três erros banais. A não ser que você tenha hora marcada para sair da quadra, não tenha pressa! A paciência é uma das maiores armas no tênis! Espere o melhor momento para decidir um ponto. Pode ser na segunda, décima ou vigésima troca de bola. A regularidade é um fundamento técnico que depende da calma e paciência, que você já aprendeu a controlar. Treine regularidade com seu professor ou com o amigo que você costuma jogar. Determine-se a colocar 5, 10, 15 bolas em jogo. Pense nestas duas frases: "Se o adversário bater dez bolas e eu bater a décima-primeira, o ponto é meu!"; Ou: "Entre profissionais, leva vantagem quem acerta mais. Entre amadores, quem erra menos!";

6 - Mudar o jogo
O jogo começa. Sem que você perceba, rapidamente, o adversário abre grande vantagem. Vence o primeiro set. Você vai continuar jogando igual? Se você continuar jogando da mesma forma, a tendência é a repetição do primeiro set e fim de jogo. Você perdeu mais uma! Existe um momento no jogo - e você deve estar atento a isto -, que é hora da decisão. Mudar tudo! Se você está atacando e perdendo pontos, passe a controlar o jogo e colocar bolas na quadra. Se a troca de bolas longas não o está favorecendo, encurte o jogo e chame o adversário à rede. Ou vá você à rede! Enfim, faça rapidamente uma avaliação do que foi feito e não está dando certo e faça diferente. Claro que isto não garantirá sua vitória. Mas restará a satisfação que você teve atitude para mudar. E esta consciência será muito útil nas partidas futuras. Aprenda e exercite o ler e pensar o jogo!

7 - Uso inteligente do esforço
Recentemente, um aluno contou-me sobre um jogo que havia perdido, dias antes: "Corri muito no primeiro set e ganhei fácil. No segundo, sem pernas, perdi no tiebreak e o terceiro praticamente entreguei". Se ele tivesse diluído o esforço, poderia ter vencido em dois sets. Tão importante quanto traçar uma estratégia técnica, como já vimos, é necessário uma estratégia física. É fundamental que o jogador tenha consciência de suas condições físicas e distribua o esforço, tendo em mente que o jogo pode durar meia hora ou 3 horas. Concentrar toda a energia num set pode não ser uma atitude sensata. Da mesma forma, tentar "salvar" aquela bola impossível, pode não ser uma atitude inteligente pela relação custo/benefício do esforço gasto. Pode ser mais conveniente entregar o ponto e recuperá-lo no seguinte.

Conclusão
Muito bem! Você chegou para o jogo com humildade, com os pés no chão. Determinou-se a vencer. Traçou uma boa estratégia e jogou com calma. Manteve a regularidade, alterou o jogo quando necessário e dosou as energias. E mesmo assim... você perdeu! Sabe por quê? Do outro lado da rede, o adversário fez algo melhor que você! Muito provavelmente ele tem mais tempo de tênis, mais experiência, melhor condição técnica ou física. E contra isto não há argumentos. Evidentemente, como foi dito na primeira parte desta matéria, os aspectos abordados, se obedecidos, não o fará um jogador imbatível. Mas aumentarão consideravelmente suas chances de vitória e evitarão que você perca jogos que poderia ter vencido, incentivando-o para a próxima partida. E, principalmente, restará a certeza de que se você não for o vitorioso é porque o adversário teve méritos e venceu! Não foi você que perdeu para você mesmo!

 


Henrique Terroni Filho, 1ª classe da Federação Paulista, participou de competições oficiais nacionais e internacionais até meados de 1970. Professor de tênis para adultos e crianças há 25 anos. Autor do Programa "Tênis: terapia para crianças", em conjunto com psicólogos. Consultor para clubes e academias nas áreas administrativa, financeira e técnica. Formação em Administração de Empresas, pós-graduação em Administração Financeira e Marketing, curso em Psicologia do Esporte.
Fale com o Henrique: hterroni@ig.com.br

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O TENIS É UM ESPORTE PARA TODOS

Pessoas de qualquer idade, sexo ou grau de deficiência física podem jogar tênis. Não importa o níveo de jogo que tenha, a partir do momento em que saibam sacar, trocar bolas e pontuar, poderão ter a classificação do seu nível de jogo, facilitando, assim, a encontrar parceiro do mesmo nível para jogar.

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