sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Aprendendo a Vencer parte 1

Vamos aprender a vencer?
Por Henrique Terroni Filho

Quando pergunto a um jogador, essencialmente amador, que joga freqüentemente com amigos e participa de rankings e torneios, qual a maior dificuldade que ele encontra no tênis, o que mais ouço é a sua incapacidade de ter um desempenho na prática (jogo) superior ou semelhante à desenvoltura demonstrada em aulas, treinos ou simples bate-bolas. Seja disputando uns games com o professor, jogando com amigos no fim de semana, participando do ranking da academia ou em torneios maiores. Em outras palavras, é a dificuldade de saber vencer um jogo!

Este é o assunto predominante também nos e-mails que recebo. Então vamos falar um pouco disto. Vou iniciar perguntando: "Você, que tem ou já teve aulas, que joga com freqüência, responda com sinceridade: sabe como ganhar um jogo? Sabe como reverter uma situação desfavorável? Não descobre por que aquele amigo, no final de semana, sempre leva vantagem? No ranking do seu clube ou academia, nos torneios que participa, raramente passa da primeira rodada?"

Provavelmente, como a grande maioria, você é um bom tenista... até o jogo começar. No bate-bolainicial, nos treinamentos dirigidos que o professor exige, nas trocas de bolas que não valem ponto tudo funciona bem! Bastou a expressão perturbadora "está valendo!" e a calma, descontração, precisão, regularidade, visão de jogo, tudo desmorona! O que surge então é a ansiedade, pressa, descontrole, irritação, fatores que levam o jogador a cometer erros primários, que levam a mais irritação e a mais erros. É uma "bola de neve". Quando ele percebe, o jogo está perdido!

Isto está acontecendo com você? Às vezes? Sempre?

Vamos, aos poucos, "desvendar" o mistério do que está acontecendo. O primeiro aspecto evidente: se o forehand, backhand, saque, jogo de rede, regularidade estão funcionando satisfatoriamente no bate-bola, quando nada está valendo, por que isto não ocorre no jogo? Porque o problema não é técnico! Então, insistir em treinamentos, repetir fundamentos, não fará do tenista um vencedor! Não que os treinamentos não sejam importantes, mas fundamental neste caso, é um trabalho predominantemente voltado para as características pessoais do jogador. É buscar uma uniformização de postura, que fará com que o jogador tenha o mesmo comportamento no treino e no jogo.

Isso é feito através de uma atuação competente e profissional do professor ou treinador, detectando e trabalhando no tenista aqueles aspectos que o estão bloqueando quando o jogo inicia. Claro está que este professor ou treinador deverá ter todas as condições para isto. Deverá ser alguém que, na sua trajetória profissional, nas competições que participou, já vivenciou o problema, já sentiu o que o aluno está sentindo. E é esta bagagem, fruto da sua experiência, que ele deverá passar ao aluno.

No momento da competição, é de fundamental importância aliar à condição técnica e física que o tênis exige os componentes que provavelmente farão toda a diferença entre a vitória ou a derrota: o controle das emoções e a melhor condição de raciocínio.

Entre dois jogadores de mesmo nível técnico e físico, o vencedor será aquele com melhor equilíbrio emocional, que usar a melhor estratégia, que mais facilmente souber ler e pensar o jogo.

Imagino a sua dúvida: "Mas como conseguir isto?" O primeiro passo é o jogador fazer uma avaliação de como tem sido o seu comportamento antes, durante e após um jogo. Quais foram suas reações e sensações, desde o momento que ele chegou ao local da competição, como foi o bate-bola no aquecimento, o desenvolvimento do jogo, qual foi o fator preponderante da vitória ou derrota. Vencendo ou perdendo, que lições tirou? Você ainda imagina que para vencer um jogo basta apenas bater mais forte que o adversário?

Aprender a jogar, tornar-se um jogador, exige paciência, perseverança, empenho, orientação competente e muito treinamento. Mas para tornar-se um vencedor, é necessário algo mais!

Esta matéria é a introdução. Nas próximas, aprofundarei este "algo mais". Abordarei aspectos como humildade e realidade, determinação (força mental), estratégia, paciência e calma, regularidade, momento de mudar e uso inteligente do esforço.

Não tenho pretensões de torná-lo um jogador imbatível. Mas sim um vencedor de jogos possíveis de serem vencidos. Sim, pois a primeira lição é que, do outro lado da rede, existe um adversário com as mesmas condições que você e cujo único objetivo é vencê-lo. A diferença entre vencer ou perder poderá estar em detalhes que farão toda a diferença e que, na maioria dos casos, não são observados!

 


Henrique Terroni Filho, 1ª classe da Federação Paulista, participou de competições oficiais nacionais e internacionais até meados de 1970. Professor de tênis para adultos e crianças há 25 anos. Autor do Programa "Tênis: terapia para crianças", em conjunto com psicólogos. Consultor para clubes e academias nas áreas administrativa, financeira e técnica. Formação em Administração de Empresas, pós-graduação em Administração Financeira e Marketing, curso em Psicologia do Esporte.
Fale com o Henrique: hterroni@ig.com.br

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O TENIS É UM ESPORTE PARA TODOS

Pessoas de qualquer idade, sexo ou grau de deficiência física podem jogar tênis. Não importa o níveo de jogo que tenha, a partir do momento em que saibam sacar, trocar bolas e pontuar, poderão ter a classificação do seu nível de jogo, facilitando, assim, a encontrar parceiro do mesmo nível para jogar.

O tênis é bom para a saúde e para a condição física. A ITF realizou estudos que demonstraram que quando jogadores amadores de nível similar jogam tênis durante uma hora, correm em media 2,5km e mantém um ritmo cardíaco médio entre 140 e 170 batimentos por minuto. Não é de se surpreender que tênis seja o melhor esporte para ajudar as pessoas de todas as idades a se manterem sadias e em plena forma.

Os estudos demonstraram que jogar tênis regularmente.

1 Melhora a saúde e o bem estar geral

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