domingo, 11 de outubro de 2009

Entrevista



Thomaz Koch
Tenista
Bate-papo com o ídolo Thomaz Koch
Bate-papo com o ídolo Thomaz Koch Gaúcho de Porto Alegre, saiu do sul do país para conquistar o mundo jogando tênis. Foi o brasileiro de resultados mais expressivos antes de Gustavo Kuerten: ocupou o 24° posto no ranking mundial em simples e o 60° em duplas.
Tênis Show: Qual a diferença do tênis jogado hoje para o tênis da sua época?

Thomaz Koch: Basicamente o material e o preparo físico dos tenistas, que hoje são muito mais atletas, com uma resistência, consistência e velocidade muito maior. Os recursos e a estrutura de que dispõem é melhor e mais acessível do que naquele tempo. O tênis era um esporte muito individual, nós experimentávamos táticas, jeitos, maneiras diferentes de treinos para obtermos o melhor resultado, mas perdíamos muito tempo. Hoje há uma estrutura por trás do atleta, treinador, orientador, preparador físico, nutricionista...Em contrapartida, o esporte ficou competitivo demais, há muita gente querendo um lugar ao sol e, sendo assim, somente sobrevive quem está disposto a trabalhar mais, quem consegue unir os ingredientes - preparo físico, habilidade técnica e emocional – na dose certa.

Tênis Show: É esse conjunto de características que falta aos nossos tenistas juvenis para que, enfim, possam obter destaque no cenário nacional e internacional?

Thomaz Koch: Primeiro, o nosso pessoal não possui a paciência que o esporte requer, querem ver resultados em curtíssimo prazo. Falta persistência, determinação, humildade. Segundo, somos muito bem tratados onde moramos, pouco passamos dificuldades, pais sempre à postos. Então quando viajam estranham e muito, pois o carinho e o tratamento daqui não existe em outro lugar. Muitos não agüentam a pressão e acabam desistindo. O gaúcho é talhado para o tênis, tem a manha do esporte, mas não está sabendo aproveitar.

Tênis Show: E o nosso tênis nacional, como você avalia o atual momento pelo qual passamos?

Thomaz Koch: Quando a nova gestão assumiu, as esperanças de ver o tênis se desenvolver de fato se renovaram, mas ainda acho que está muito devagar, gostaria de ver mais coisas acontecendo, saindo do papel. Hoje é tudo mais dinâmico, mais rápido, não podemos nos dar o luxo de ficar a mercê dos acontecimentos, como esperar que a promoção do tênis caia dos céus. Nós precisamos ir atrás, correr, batalhar, brigar pelos nossos direitos e exigir das competências atitudes determinantes.

Tênis Show: Como se sente participando de torneios seniors pelo Brasil e pelo Mundo?

Thomaz Koch: Tenho jogado basicamente o circuito promovido pelo Citibank e estou muito contente em poder participar deste grupo de ex-profissionais, que acabam se reencontrando nesses torneios e matando a saudade da época. Particularmente, admiro muito os organizadores deste senior, pois graças a este primeiro passo que a nossa turma iniciou um movimento para dar fim a antiga gestão da Confederação Brasileira (CBT). Para o tênis essa iniciativa foi muito positiva e para nós, muito gratificante. Venho, recentemente, de um Campeonato Mundial de Idades, onde fiquei com o vice na categoria 55 anos. Estar na ativa é muito bom.

Tênis Show: Quais são suas atividades atuais?

Thomaz Koch: Além de atuar em competições seniors, sou padrinho do Circuito Unimed, no qual acompanho as disputas e participo da entrega dos prêmios. Também faço clínicas-exibição e, ultimamente, tenho acompanhado a equipe brasileira na Copa Davis. Estive com a delegação no Uruguai, Colômbia, Peru e Equador.

Tênis Show: Você falou que tem acompanhado a delegação brasileira nos confrontos pela Davis. Você acredita que o Brasil pode voltar a integrar a elite mundial da competição por equipes?

Thomaz Koch: Dependíamos do sorteio e, de fato, fomos favorecidos com os resultados. Primeiro, jogaremos na terra natal com toda a torcida a favor. Segundo, pegaremos a Suécia que não está no seu melhor momento e, se o Meligeni permanecer com a equipe que jogou contra o Equador, um grupo coeso e unido, as chances de voltar à elite do Grupo Mundial são grandes e reais.

Tênis Show: Como foi sua experiência na Copa Davis?

Thomaz Koch: Foi o máximo que aconteceu em termos de tênis. Você se sente, realmente, fazendo parte da nação, pois está representado diante do mundo seu país de origem. È uma competição especial que requer alguns requisitos básicos dos atletas, é preciso saber lidar muito bem com a pressão imposta por tudo e por todos em todas as situações, além de ter espírito de equipe, saber lutar em equipe. Muito me orgulho dos longos anos que representei o país na competição.

Tênis Show: Falando um pouquinho de tênis internacional. Roger Federer ou Rafael Nadal?

Thomaz Koch: Federer é um fora de série, na minha opinião é o melhor. Se ele não se machucar (esperamos que não), vai fazer história no tênis e bater muitos recordes. De todos os tenistas que vi jogar, ele é o melhor, seu jogo é o mais eficiente. Se ele jogasse em qualquer outra época, encontraria dificuldades, claro, mas seria superior, sem dúvida. É muito bom vê-lo jogar, ele atua em todos os espaços da quadra, na rede e ao mesmo tempo no fundo. Nadal também é um grande jogador, mas acredito que não seja completo, pois se defende muito e pouco ataca, cria poucas jogadas.

Tênis Show: Planos, projetos...

Thomaz Koch: Pretendo continuar com minhas atividades, participando de torneios e realizando clínicas, mas não costumo projetar nada, nem para daqui a seis meses. Teria sim vontade de treinar algum juvenil, quem sabe! Embora resida atualmente no Rio de Janeiro, tentei pôr em prática um projeto elaborado para um clube aqui de Porto Alegre, que consistiria em acompanhar a evolução dos juvenis, dentre outros aspectos, mas não houve interesse do clube.

Tênis Show: O que faz você um ídolo nacional?

Thomaz Koch: Não me considero ídolo. Sou um cara que fez e marcou a história do tênis gaúcho e nacional. Servi para abrir os caminhos do tênis nacional para o exterior, pois na época os tenistas pouco se deslocavam. Mas não me sinto uma personalidade, muito menos ídolo. Fico contente, sim, quando se referem a mim com carinho, alguém que ajudou e segue trabalhando para a promoção o esporte.
 

 

 

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O TENIS É UM ESPORTE PARA TODOS

Pessoas de qualquer idade, sexo ou grau de deficiência física podem jogar tênis. Não importa o níveo de jogo que tenha, a partir do momento em que saibam sacar, trocar bolas e pontuar, poderão ter a classificação do seu nível de jogo, facilitando, assim, a encontrar parceiro do mesmo nível para jogar.

O tênis é bom para a saúde e para a condição física. A ITF realizou estudos que demonstraram que quando jogadores amadores de nível similar jogam tênis durante uma hora, correm em media 2,5km e mantém um ritmo cardíaco médio entre 140 e 170 batimentos por minuto. Não é de se surpreender que tênis seja o melhor esporte para ajudar as pessoas de todas as idades a se manterem sadias e em plena forma.

Os estudos demonstraram que jogar tênis regularmente.

1 Melhora a saúde e o bem estar geral

2 Melhora a condição física aeróbica, a flexibilidade e a agilidade

3Reduz o risco de doenças como osteoporose, doenças cardíacas e diabetes

4 Melhora a capacidade de tomar decisões e de resolver situações difíceis.