sexta-feira, 16 de outubro de 2009

O que estou fazendo de errado?



O golpe não está funcionando?
Por Henrique Terroni Filho

18/08/2006

Quem já não passou por isto?
Se for um aluno que está aprendendo, ainda nas primeiras aulas, enquanto todos os fundamentos vão gradativamente sendo assimilados, um teima em não evoluir!

Se já está num estágio mais evoluído, jogando com amigos ou em competição, de repente, sem um motivo aparente, um golpe começa a declinar.

Pode ser o forehand, backhand, saque, voleio, etc. Pode surgir e desaparecer rapidamente, num treinamento ou num jogo. Mas pode perdurar por semanas ou meses. Quando isto ocorre, costumo dizer que o tenista entrou na síndrome do golpe.

Normalmente, quando acontece, é comum o jogo declinar como um todo. Os outros fundamentos, que vinham funcionando bem, parecem ficar contaminados pelo golpe que não está funcionando.

Por que isto ocorre?
Pelo fato de que, inconscientemente, o tenista começa a focar toda a sua atenção no golpe que está falhando. O passo seguinte é a ansiedade, como se todo o jogo se resumisse naquele fundamento. Fazê-lo voltar ao normal passa a ser uma obsessão e como isto normalmente não ocorre de imediato, surge a insegurança, irritação pelos erros cometidos e quando ele se dá conta todo o seu jogo está comprometido.

O que fazer?
A primeira providência é mental. Pura e simplesmente "esquecer" o golpe. Minimizar a excessiva importância que o jogador estava dando a ele, por não estar funcionando, e valorizar os demais fundamentos. Afinal, o jogo não se resume a um forehand, backhand, saque ou voleio. Todos os golpes apresentam o mesmo grau de dificuldade e importância.

Em muitos casos, apenas esta atitude simplista de dar ao fundamento a sua real importância, dentro do contexto do jogo como um todo, rapidamente resolve o problema. Pode-se perguntar: "Mas por que isto aconteceu?" Muitas vezes não há uma causa aparente. No tênis é normal um golpe entrar em "baixa" temporariamente. Ou motivado por um fato concreto. Uma mudança na mecânica do golpe, até meio inconsciente, por ter visto alguém fazendo diferente, o uso de uma variação, slice ou spin, sem ainda estar preparado ou orientado, querer obter um desempenho do golpe superior às condições do momento, etc. Voltar ao "arroz com feijão" e deixar as coisas evoluírem normalmente pode ser a solução.

Muito bem! Você "desencanou", tirou o foco do golpe, minimizou sua importância e tudo está resolvido, certo?...Não necessariamente! Após o trabalho mental, persistindo o problema, é hora de cuidar da parte técnica. O primeiro passo é analisar friamente o que está ocorrendo com o golpe, uma vez que toda falha tem uma causa e um efeito.

Imaginemos que o problema seja o backhand. A bola está subindo muito? Ou ficando na rede? Pode ser a angulação da raquete no momento do contato com a bola, motivada por uma empunhadura inadequada. O golpe não tem potência, velocidade ou profundidade? Provavelmente a preparação está atrasada e não está havendo a correta transmissão do peso do corpo no momento do golpe. Problemas no direcionamento, paralelas e cruzadas? Com certeza o golpe está fora do "time" no ponto de contato específico.

Detectada a causa que está ocasionando o problema, é hora do trabalho braçal. O golpe, após ser corrigido, deve ser repetido várias vezes, a princípio lentamente e aumentando gradualmente conforme a confiança for aumentando, até o ponto ideal que é o equilíbrio com os demais fundamentos. Este trabalho é aconselhável que seja coordenado e orientado por um profissional.

É de fundamental importância que neste processo não pode haver ansiedade nem pressa. Deixe as coisas acontecerem e evoluírem naturalmente. E é importante lembrar que os outros golpes não podem ser esquecidos. Caso contrário, conserta-se o que não estava funcionando e um outro começa a falhar. E aí começamos tudo de novo!

Dúvidas? Sugestões? Sua opinião é muito importante: hterroni@ig.com.br

 


Henrique Terroni Filho, 1ª classe da Federação Paulista, participou de competições oficiais nacionais e internacionais até meados de 1970. Professor de tênis para adultos e crianças há 25 anos. Autor do Programa "Tênis: terapia para crianças", em conjunto com psicólogos. Consultor para clubes e academias nas áreas administrativa, financeira e técnica. Formação em Administração de Empresas, pós-graduação em Administração Financeira e Marketing, curso em Psicologia do Esporte.
Fale com o Henrique: hterroni@ig.com.br

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