sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Vamos aprender a vencer? - Parte 2

Vamos aprender a vencer? - Parte 2
Por Henrique Terroni Filho

Na primeira parte deste artigo, comentei a grande dificuldade da maioria dos amadores em ter um desempenho em competição semelhante àquele que ocorre em aulas, treinamentos ou num simples bate-bola. Ou seja, saber vencer um jogo! Ressaltei que, se tudo vai bem quando nada está valendo e na hora do jogo as coisas mudam, com certeza, o problema não é técnico!

Nesta segunda parte, vou destacar alguns aspectos que podem fazer a diferença entre vencer ou perder. Observe se você se identifica com um ou mais destes aspectos e talvez descubra por que aquele amigo leva vantagem no fim de semana ou por que você não anda tendo sucesso no ranking ou nos torneios de que participa.

1 – Humildade
Neste caso, sinônimo de noção de realidade. Ao saber que tem um jogo marcado ou ao chegar no local da competição, quais as suas sensações? Ansiedade? Nervosismo? Receio de fazer um “mau papel?” Calma! Respire fundo! O jogo não é uma questão de “vida ou morte” e nem você irá disputar uma final de Grand Slam.

Não pense que haverá uma platéia assistindo-o ou julgando-o. Pergunte-se: “Se eu não tiver um bom desempenho e perder, o que mais eu perco além do jogo?” A resposta é: nada.

Adotando uma atitude “light”, você verá que entrará na quadra mais relaxado. Mas, cuidado! Humildade não é acomodamento, nem “seja o que Deus quiser”. Você precisará determinação!

2 – Determinação
É a força interior que move os vencedores. Recentemente promovi um torneio para alguns alunos. Ao recebê-los, perguntava: “Veio disposto a vencer?” Um respondia: “Sinto que hoje não vai dar!” Atitude negativa. Outro: “Acho que hoje não ganho de ninguém!” Postura de derrota. E um outro: “Vim disposto a não perder um set!” Atitude vencedora, positiva (não por coincidência, ele venceu o torneio).

Se você entrar na quadra sem determinação de vencer, não confiando nas suas possibilidades, que a vitória só virá por sorte ou se o adversário deixar, você estará a meio caminho da derrota.

3 – Estratégia
Para se atingir um objetivo é necessário um planejamento, uma estratégia. Para vencer um jogo não é diferente. Quando iniciei as competições, criança ainda, meu pai instruiu-me a usar o bate-bola de aquecimento antes do jogo, até o primeiro ou segundo game, se necessário, para conhecer o adversário. Ao invés de ficar batendo, distraído, premeditadamente lançava bolas alternadamente na direita e esquerda, longas e curtas, com e sem peso. Ao sentir uma deficiência ou incômodo do adversário numa bola específica, concentrava aí minha estratégia.

Da mesma forma, “sinta” as condições físicas, o biotipo do adversário. Isto poderá determinar se é conveniente provocar mais trocas de bolas ou decidir o ponto mais rapidamente. O importante é não iniciar o jogo sem uma estratégia. Mesmo sabendo que, talvez, seja necessário mudá-la.

4 – Calma
Este é um dos aspectos que mais derruba qualquer tenista. Se as coisas não estão saindo como você queria, se de repente erra uma bola fácil, qual a sua reação? Descontrole? Irritação? Com esta atitude você pode estar começando a perder o jogo!

Exercitar a calma, o controle das emoções é tão, ou mais importante, que treinar ou repetir um forehand, backhand, saque. Ao errar uma bola fácil, pare! Respire fundo! Conte até cinco. Se quiser, mentalize o erro cometido e o que deveria ser feito. Após isto, esqueça! O erro é passado! Apague-o de sua mente! Nenhuma irritação trará o ponto de volta! Concentre-se no futuro! No próximo ponto!

Vou deixar você refletir um pouco nestes aspectos. Faça uma auto-avaliação e verifique se você se identifica com algum deles e comece a trabalhá-los. No próximo artigo concluirei falando de regularidade, mudanças e uso inteligente do esforço.

 


Henrique Terroni Filho, 1ª classe da Federação Paulista, participou de competições oficiais nacionais e internacionais até meados de 1970. Professor de tênis para adultos e crianças há 25 anos. Autor do Programa "Tênis: terapia para crianças", em conjunto com psicólogos. Consultor para clubes e academias nas áreas administrativa, financeira e técnica. Formação em Administração de Empresas, pós-graduação em Administração Financeira e Marketing, curso em Psicologia do Esporte.
Fale com o Henrique: hterroni@ig.com.br

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O TENIS É UM ESPORTE PARA TODOS

Pessoas de qualquer idade, sexo ou grau de deficiência física podem jogar tênis. Não importa o níveo de jogo que tenha, a partir do momento em que saibam sacar, trocar bolas e pontuar, poderão ter a classificação do seu nível de jogo, facilitando, assim, a encontrar parceiro do mesmo nível para jogar.

O tênis é bom para a saúde e para a condição física. A ITF realizou estudos que demonstraram que quando jogadores amadores de nível similar jogam tênis durante uma hora, correm em media 2,5km e mantém um ritmo cardíaco médio entre 140 e 170 batimentos por minuto. Não é de se surpreender que tênis seja o melhor esporte para ajudar as pessoas de todas as idades a se manterem sadias e em plena forma.

Os estudos demonstraram que jogar tênis regularmente.

1 Melhora a saúde e o bem estar geral

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