domingo, 25 de outubro de 2009

Dicas Voleio

Voleie de direita e esquerda com a mesma empunhadura
Por Ludgero Braga Neto

Quando você sobe para a rede, a distância entre você e seu adversário será menor. Isso quer dizer que a bola que você bateu para se aproximar à rede voltará mais cedo. Além disso, quase sempre seu adversário tentará uma passada, em que a bola será mais rápida ainda. Sob essas condições, será que você terá tempo de perceber de que lado a bola está vindo, mudar de empunhadura, preparar o golpe, se posicionar e ainda golpear a bola? Provavelmente não! Apenas um desses passos pode ser eliminado para tornar todo esse processo mais simples: a mudança de empunhadura.




Muitos tenistas amadores utilizam uma empunhadura para cada voleio: normalmente eastern forehand (foto 01) para o voleio de direita e eastern backhand (foto 02) para o voleio de esquerda. Realmente são empunhaduras mais confortáveis, principalmente para bolas na altura dos ombros. Porém, exigem a mudança. O que fazer então? Utilizar a empunhadura continental (foto 03) para volear nos dois lados. A princípio pode ser um pouco desconfortável, mas com bastante treino, torna-se natural.

 



Ludgero Braga Neto é tenista 1ª classe pela Federação Paulista de Tênis, formado em Educação Física pela USP, onde atualmente faz Pós-graduação (Mestrado) em Tênis. Ë técnico da equipe Eduardo Eche Tennis, personal-trainer e presta consultoria para clubes e academias. Contatos pelo fone (11) 9281-2177.

Fale com Ludgero Braga Neto: ludgero@usp.br

Dica Saque

Flexione os joelhos para “encaixar” melhor o saque
Pelo Prof. Ms. Ludgero Braga Neto

Grande parte dos tenistas amadores que procuram melhorar o saque não utilizam os membros inferiores para gerar mais potência. E são os membros inferiores que servem como base de apoio para um bom saque. Estudos biomecânicos mostram que durante a execução do saque, o ângulo ideal de flexão dos joelhos deve ser em torno de 110°, como mostrado na figura abaixo. Com isso, o sacador poderá realizar uma eficiente extensão dos joelhos, impulsionando o corpo para cima, em direção à bola que foi lançada, gerando mais potência ao golpe. Além disso, o ponto de contato com a bola será mais alto, o que aumenta o ângulo de passagem da bola sobre a rede, aumentando também a profundidade do saque, dificultando a devolução do adversário.

Durante aulas de tênis, para os golpes de direita (forehand) e esquerda (backhand), muitos professores insistem para que o aluno faça este ciclo de flexão/extensão dos joelhos (popularmente chamado de “dobra mais a perna”). O problema é que em bolas mais rápidas ou em bolas que você não consegue se posicionar com antecedência, não haverá tempo suficiente para executar este ciclo. Sendo assim, esta dica é muito mais válida para o saque, onde você sempre terá tempo, já que controla o lançamento da bola.

 



Ludgero Braga Neto é tenista 1ª classe pela Federação Paulista de Tênis, formado em Educação Física pela USP, onde atualmente faz Pós-graduação (Mestrado) em Tênis. Ë técnico da equipe Eduardo Eche Tennis, personal-trainer e presta consultoria para clubes e academias. Contatos pelo fone (11) 9281-2177.

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Dicas Topspin

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As Vantagens do Topspin
Pelo Prof. Ms. Ludgero Braga Neto

Primeiramente, vale lembrar que topspin é um efeito bastante utilizado em golpes de fundo de quadra (forehand e backhand). Este efeito é gerado a partir da trajetória da raquete de baixo para cima, como mostrado na figura 1. Com isso, comparando-se com os efeitos flat (sem efeito) e slice (underspin), o executante terá 3 vantagens:

  1. A bola passará mais alta sobre a rede, diminuindo a chance desta tocar na fita;
  2. O efeito topspin aumenta a pressão exercida sobre a parte de cima da bola (figura 2), fazendo com que esta caia mais rapidamente, encaixando; mais em quadra;
  3. Após tocar a quadra, a bola com efeito topspin perde menos altura, dificultando a resposta do adversário.

Vale ressaltar a origem do nome deste tipo de efeito: top = topo e spin = efeito. Portanto, é um efeito gerado a partir do topo da bola, como mostra a figura 3, uma vez que, apesar da trajetória da raquete ser de baixo para cima, o contato das cordas é realizado no hemisfério Norte da bola.


Figura 1

Figura 2

Figura 3

 



Ludgero Braga Neto é tenista 1ª classe pela Federação Paulista de Tênis, formado em Educação Física pela USP, onde atualmente faz Pós-graduação (Mestrado) em Tênis. Ë técnico da equipe Eduardo Eche Tennis, personal-trainer e presta consultoria para clubes e academias. Contatos pelo fone (11) 9281-2177.

Fale com Ludgero Braga Neto: ludgero@usp.br

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

O que é Sweet spot?



Qual é o ponto ideal? O que você está se referindo quando um jogador acredita que ele bateu bem na bola? O causa é susceptível de ser controverso, porque uma raquete tem mais de um ponto doce: tem dois certamente, mas temos de contar e três não coincidem.
A tradução literal das duas palavras em Inglês e lugar doce ou de impacto, O lugar doce de impacto. Portanto, devemos nos perguntar quando um jogador se sente The Game não teve nenhum impacto ou vibração do impacto entre a raquete ea bola, ou, mais geralmente a impressão de ter bem executado tiro. Una racchetta da tennis, come una mazza da baseball o da cricket possiede pelo menos dois s impacto doce e se a bola é batida em um desses dois lugares as forças que são transmitidas para a mão eo braço são pequenos o suficiente para que o jogador sente que o impacto foi de nenhuma conseqüência. Se a bola é rebatida longe destes lugares o mesmo jogador vai sentir o impacto das violentas e ineficientes.
Nó de vibração
Um tal lugar é o nó de vibração que é implantado, mais ou menos no centro das cordas. O nó de vibração (seria melhor falar de nós vibradores porque na realidade são dois) é o local de uma raquete onde a freqüência de vibração é de cerca de 100Hz em uma raquete relativamente flexível, e, em torno de 180Hz em uma raquete dura. E "o lugar onde você tem uma menor sensação de vibração. A outra questão fundamental reside na alça.
O centro de percussão
O outro local de impacto doce (sweet spot) é o centro de percussão, que está sob o nó de vibração e não coincidem com ele, pois é considerado errado. Quando a bola atinge uma raquete, que tende a girar e traduzir transmitir para a mão que empunha-la, a soma das duas forças de translação e rotação. O centro de percussão (COP) é o lugar onde as forças de translação e rotação são iguais e opostas e, portanto, cancelar. Este lugar está a considerar um outro lugar de sobremesa porque o impacto forças transmitidos à mão são iguais zero.
racchetta da tenis
O centro de restituição máxima
Mas o sapato também tem outro centro que é o lugar onde a bola recebe a maior tensão das cordas. E 'o lugar onde você tem a Melhor Bounce os cabos de panela. Este lugar é ainda menor do que tanto o nó de vibração no centro de percussão. Eu acredito que esta também pode ser visto como um ponto ideal em termos de realidade empírica, o jogador tem a sensação de que o golpe foi atingido ou correr bem, porque deixa a raquete com a maioria de ajudar a empurrar as cordas.
Os três pontos não coincidem e não são fixas.
Como evidenciado pela figura dos três pontos estão localizados em lugares diferentes da placa e as cordas não são fixos para todos os tipos de raquete, em verdade, a sua localização exacta depende da raquete e distribuição de massa ao longo da estrutura da arte. Adicionar a uma raquete de peso significa diminuir ou aumentar a posição destes três centros.
Uma sensação de jogo que inclui um jogador quando ele fala de sweet spot? Freqüências vibracionais não se sente desconfortável? Então seria o nó vibracional. Não sentir o impacto de impacto? Então, falar do centro de percussão. Que sente a bola desliza sem esforço? Neste caso, teria em mente o único centro de restituição ou melhor rebote. A questão do ponto de vista empírico é controversa. Dois são talvez aspectos ser tomadas em consideração: a primeira é que a expansão do tamanho da cabeça aumentou a pressão de encalhe aumentar efeito de Melhor Bounce impacto e aumentar a superfície de atrito a ser utilizado para transmitir rotação, o segundo diz respeito ao advento da Nanotecnologia, Que permitem ato questão para nível atômico Molecular e deixe agir por peso específico materiais em fase de construção e, em seguida refinar distrubution da massa de uma raquete, afetando a localização de seus dois primeiros centros. Em geral, podemos dizer que o nó de vibração e do centro de percussão tendem a seguir a multidão: Se você adicionar peso na cabeça caminhará para o oval.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

International Development Tennis Center

A filosofia de ensino da ARB é baseada nos princípios do médoto argentino IDTC (International Development Tennis Center)


FOREHAND
Análise ARB: Os vídeos de forehand sugeridos segundo a filosofia ARB são para modificar o hábito de muitos tenistas de colocar inicialmente o peso na perna da frente, onde para um destro, o peso deve começar na perna direita e não na perna esquerda.
Profissional Link Sugestão ARB
Andy Roddick Andy Roddick Forehand Observe que o peso inicia apoiado na perna de trás



Andy Murray Andy Murray Forehand Treino de forehand e backhand. Note a base do forehand





SAQUE
Análise ARB: O saque é o golpe que requer maior coordenação, por isso, em nossa metodologia, utilizamos diferentes tipos de saque para adequar a cada jogadores, porém, em nossa filosofia, acreditamos que foot-back e abertura intermediária, maximizam a energia cinética gerada pelo corpo, eliminando alavancas desnecessárias
Profissional Link Sugestão ARB
Andy Murray Andy Murray Saque Observe ao terminar o lançamento a posição L, ou seja, a raquete faz um L com o braço. Por isso utilizamos para os iniciantes começar o aprendizado na posição L, e não com a raquete dobrada em cima da cabeça. O Murray utiliza o método foot-up



Roger Federer Roger Federer Saque O fator principal que fez com que Federer melhorasse o saque nos últimos anos é a face da raquete quando ele está terminando de realizar o lançamento. Note que a face da raquete está virada para baixo, melhorando a chegada para a posição L

O que estou fazendo de errado?



O golpe não está funcionando?
Por Henrique Terroni Filho

18/08/2006

Quem já não passou por isto?
Se for um aluno que está aprendendo, ainda nas primeiras aulas, enquanto todos os fundamentos vão gradativamente sendo assimilados, um teima em não evoluir!

Se já está num estágio mais evoluído, jogando com amigos ou em competição, de repente, sem um motivo aparente, um golpe começa a declinar.

Pode ser o forehand, backhand, saque, voleio, etc. Pode surgir e desaparecer rapidamente, num treinamento ou num jogo. Mas pode perdurar por semanas ou meses. Quando isto ocorre, costumo dizer que o tenista entrou na síndrome do golpe.

Normalmente, quando acontece, é comum o jogo declinar como um todo. Os outros fundamentos, que vinham funcionando bem, parecem ficar contaminados pelo golpe que não está funcionando.

Por que isto ocorre?
Pelo fato de que, inconscientemente, o tenista começa a focar toda a sua atenção no golpe que está falhando. O passo seguinte é a ansiedade, como se todo o jogo se resumisse naquele fundamento. Fazê-lo voltar ao normal passa a ser uma obsessão e como isto normalmente não ocorre de imediato, surge a insegurança, irritação pelos erros cometidos e quando ele se dá conta todo o seu jogo está comprometido.

O que fazer?
A primeira providência é mental. Pura e simplesmente "esquecer" o golpe. Minimizar a excessiva importância que o jogador estava dando a ele, por não estar funcionando, e valorizar os demais fundamentos. Afinal, o jogo não se resume a um forehand, backhand, saque ou voleio. Todos os golpes apresentam o mesmo grau de dificuldade e importância.

Em muitos casos, apenas esta atitude simplista de dar ao fundamento a sua real importância, dentro do contexto do jogo como um todo, rapidamente resolve o problema. Pode-se perguntar: "Mas por que isto aconteceu?" Muitas vezes não há uma causa aparente. No tênis é normal um golpe entrar em "baixa" temporariamente. Ou motivado por um fato concreto. Uma mudança na mecânica do golpe, até meio inconsciente, por ter visto alguém fazendo diferente, o uso de uma variação, slice ou spin, sem ainda estar preparado ou orientado, querer obter um desempenho do golpe superior às condições do momento, etc. Voltar ao "arroz com feijão" e deixar as coisas evoluírem normalmente pode ser a solução.

Muito bem! Você "desencanou", tirou o foco do golpe, minimizou sua importância e tudo está resolvido, certo?...Não necessariamente! Após o trabalho mental, persistindo o problema, é hora de cuidar da parte técnica. O primeiro passo é analisar friamente o que está ocorrendo com o golpe, uma vez que toda falha tem uma causa e um efeito.

Imaginemos que o problema seja o backhand. A bola está subindo muito? Ou ficando na rede? Pode ser a angulação da raquete no momento do contato com a bola, motivada por uma empunhadura inadequada. O golpe não tem potência, velocidade ou profundidade? Provavelmente a preparação está atrasada e não está havendo a correta transmissão do peso do corpo no momento do golpe. Problemas no direcionamento, paralelas e cruzadas? Com certeza o golpe está fora do "time" no ponto de contato específico.

Detectada a causa que está ocasionando o problema, é hora do trabalho braçal. O golpe, após ser corrigido, deve ser repetido várias vezes, a princípio lentamente e aumentando gradualmente conforme a confiança for aumentando, até o ponto ideal que é o equilíbrio com os demais fundamentos. Este trabalho é aconselhável que seja coordenado e orientado por um profissional.

É de fundamental importância que neste processo não pode haver ansiedade nem pressa. Deixe as coisas acontecerem e evoluírem naturalmente. E é importante lembrar que os outros golpes não podem ser esquecidos. Caso contrário, conserta-se o que não estava funcionando e um outro começa a falhar. E aí começamos tudo de novo!

Dúvidas? Sugestões? Sua opinião é muito importante: hterroni@ig.com.br

 


Henrique Terroni Filho, 1ª classe da Federação Paulista, participou de competições oficiais nacionais e internacionais até meados de 1970. Professor de tênis para adultos e crianças há 25 anos. Autor do Programa "Tênis: terapia para crianças", em conjunto com psicólogos. Consultor para clubes e academias nas áreas administrativa, financeira e técnica. Formação em Administração de Empresas, pós-graduação em Administração Financeira e Marketing, curso em Psicologia do Esporte.
Fale com o Henrique: hterroni@ig.com.br

Ciência e Saúde

Tennis Elbow: 10 dicas de condicionamento físico
Por Ludgero Braga Neto

Este artigo tem como objetivo completar a série sobre os três fatores causadores de "tennis elbow": já vimos técnica e equipamento, vamos tratar agora do condicionamento físico.

O adequado para os músculos e tendões envolvidos neste tipo de lesão são exercícios de resistência muscular localizada (RML) e flexibilidade. Segundo os médicos Robert Nirschl e Barry Kraushaar, grandes especialistas no assunto, a fase mais importante da reabilitação são os exercícios de RML, que promovem a recuperação da lesão e evitam sua reincidência.

Portanto, a seguir demonstrarei sete exercícios de RML e três de flexibilidade:

1. Extensão do punho

Foto 1 Foto 2
Foto 3 Foto 4

Foto 1 - Coloque o punho em algum apoio, posicionando o antebraço paralelo ao solo. Mantenha o punho em posição de flexão.
Foto 2 - Usando os músculos extensores do punho, mantendo a posição do cotovelo, levante o peso. Mantenha por 3 segundos e volte a posição inicial. Faça este exercício para o lado direito e esquerdo.
Este exercício também pode ser feito com elástico (fotos 3 e 4)

2. Flexão do punho

Foto 5 Foto 6
Foto 7 Foto 8

Foto 5 - Coloque o punho em algum apoio, posicionando o antebraço paralelo ao solo. Mantenha o punho em posição de extensão.
Foto 6 - Usando os músculos flexores do punho, mantendo a posição do cotovelo, levante o peso. Mantenha por 3 segundos e volte a posição inicial. Faça este exercício para o lado direito e esquerdo.
Este exercício também pode ser feito com elástico (fotos 7 e 8)

3. Força de preensão

Foto 9

Foto 9 - Aperte uma bola de tênis utilizando os cinco dedos da mão. Mantenha a contração muscular por 3 segundos. Repita o exercício até começar a sentir os músculos levemente cansados. Se estiver muito difícil, utilize uma bola de borracha conhecida como "bolinha para fisioterapia", que é vendida em farmácias.

4. Exercício do elástico

Com os dedos juntos, passe um elástico fino ao redor dos quatro maiores dedos (exceto o polegar). Com a palma da mão voltada para baixo, tente separar os dedos o máximo possível. Mantenha-os afastados por 3 segundos. Repita até sentir os músculos que movem os dedos levemente cansados. Para aumentar a resistência, fixe o elástico mais próximo das pontas dos dedos.

5. Pronação / Supinação do antebraço

Foto 10

Foto 10 - Sentado, apóie o antebraço em sua coxa. Segure um peso com a palma da mão voltada para cima (Foto 10a). Lentamente, gire o antebraço para dentro (Foto 10b). Este é o movimento de pronação do antebraço. Mantenha por 3 segundos e então volte à posição da Foto 10a. A volta é o movimento de supinação do antebraço.

6. Desvio radial

Foto 11 Foto 12

Deixe seu braço ao lado do corpo, com a mão segurando o peso (o que sobra voltado para frente), como mostra a Foto 11. Com o polegar apontando para frente, levante e abaixe o peso, usando apenas o punho (Foto 12)

7. Desvio ulnar

Foto 13 Foto 14

Deixe seu braço ao lado do corpo, com a mão segurando o peso (o que sobra voltado para trás), como mostra a foto 13. Com o polegar apontando para frente, levante e abaixe o peso, usando apenas o punho (foto 14)

OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:

  • Antes de realizar os exercícios de RML, faça um aquecimento de aproximadamente 5 minutos, com uma corrida leve ou com uma compressa quente sobre o a região do cotovelo;
  • Para prevenir o agravamento da lesão, é importantíssimo respeitar o aumento gradual da carga para os sete exercícios de RML: comece os exercícios sem utilizar carga, fazendo 1 série de 10 a 15 repetições diariamente. Aumente 5 repetições a cada 2 dias, até conseguir fazer 30 repetições confortavelmente. Então, passe a fazer 2 séries, voltando para 15 repetições cada uma, e vá aumentando 5 repetições por série a cada 2 dias. Quando chegar a 2 séries de 30 repetições, faça os exercícios com um peso de 0,5 kg, e volte para 2 séries de 15 repetições. Continue aumentando gradativamente as repetições, da mesma maneira. Quando chegar novamente a 2 séries de 30 repetições, aumente mais 0,5 kg, e continue assim até 3,0 kg. Porém, de 1,5 kg até 3,0 kg, faça séries até 20 repetições apenas;
  • Se os exercícios causarem dor, volte ao estágio anterior. Se persistir, pare e procure novamente o médico;
  • Aplique gelo por aproximadamente 20 minutos após cada sessão de exercícios;
  • Se o seu médico indicou o uso de cotoveleira ("brace"), utilize-a durante os exercícios.

8. Alongamento: extensão do punho

Foto 15

9. Alongamento: flexão do punho

Foto 16

10. Alongamento: ombro

Foto 17

Bibliografia:

  • BRODY, H. - Tennis Science for Tennis Players. University of Pennsylvania Press, Philadelphia, 1989.
  • GROPPEL, J.L.; SHIN I.; THOMAS J.A; WELK, G.J. - The Effects of String Type and Tension on Impact in Midsized and Oversized Tennis Racquets. The International Journal of Sports Biomechanics, 3, 40-46, 1987.
  • HATZE, H. - Forces and Duration of Impact and Grip Tighness During the Tennis Stroke. Medicine and Science in Sports, 5, 88-95, 1976.
  • NIRSCHL, R.P.; KRAUSHAAR, B. S. - Keeping tennis elbow at arm´s length: simple, effective, strengthening exercises. The Physician and Sportmedicine, Vol. 245, n° 5, 1996.

 

Estou à disposição para dúvidas e discusssões.

 



Prof. Ms. LUDGERO BRAGA NETO é tenista de primeira classe pela Federação Paulista de Tênis, Mestre em Educação Física pela USP, onde atualmente faz Doutorado em Biomecânica do Tênis e é professor da disciplina Tênis. Atualmente é também coordenador técnico da Academia Slice Tennis, onde é o treinador da tenista Jenifer Widjaja.

Contatos pelo fone (11) 9281-2177
E-mail: ludgero@usp.br

Tênis Ciência e Saúde

Tennis-elbow: 10 dicas técnicas
Por Ludgero Braga Neto

No artigo anterior sobre tennis elbow, foram apresentadas algumas dicas quanto à escolha do equipamento. Recebi muitos e-mails pedindo dicas técnicas para evitar ou melhorar este tipo de lesão tão incômoda para os amantes do tênis. Na verdade, existem dois fatores causadores de tennis-elbow mais relevantes que a escolha do equipamento: técnica e condicionamento físico.

Dentre os e-mails que recebi, percebi que a maioria dos que têm tennis-elbow voltaram a sentir dores após o tratamento médico e fisioterápico. Esta reincidência normalmente ocorre devido ao não tratamento da causa do problema, a qual está intimamente ligada à técnica (maneira com que o tenista golpeia a bola). Portanto, para resolver o problema definitivamente, não adianta apenas parar de jogar/treinar, tratar a lesão e voltar para a quadra com uma técnica incorreta. Se o tenista não melhorar a mecânica de seus golpes, o problema voltará, ocorrendo o seguinte ciclo:

Dor Médico --> Pausa --> Tratamento --> Jogo

Sendo assim, este artigo tem como objetivo oferecer dicas técnicas que auxiliem os tenistas que sofrem de tennis-elbow, além de promover uma maneira de golpear a bola com maior potência e menor esforço físico, visando portanto a otimização.

Vale ressaltar a importância de procurar um médico, de preferência especializado em Medicina Esportiva, ao primeiro sintoma de dor. Este procedimento poderá evitar o agravamento da lesão.

Golpes de Fundo de Quadra (ground strokes)

1. Executar o contato raquete-bola à frente do corpo.
Esta é uma das dicas mais comuns entre os professores de tênis, mas vamos entender as vantagens:

- Facilita a transferência do peso do corpo sobre a bola. Isso diminui a sobrecarga, principalmente sobre o conjunto cotovelo/antebraço;
- Facilita uma ampla terminação (follow-through) do golpe, evitando as intensas contrações musculares causadas pelas desacelerações bruscas;
- Aumenta a liberdade para golpear a bola na cruzada sem a utilização exagerada do punho. Quando o contato é atrasado, a bola tende a sair na paralela.




Forehand de Hewitt

Backhand de Calatrava

2. Antecipar a preparação (backswing).
Preparação antecipada do ClementOs golpes típicos do fundo de quadra - direita (forehand) e esquerda (backhand) - devem seguir a seguinte ordem de movimento: 1) preparação; 2) passos de ajuste; e 3) terminação. No momento em que a bola tocar a sua quadra, procure já ter finalizado a preparação. Com isso você terá mais tempo para ajustar a posição de seu corpo em relação à bola, evitando o contato atrasado que, como já vimos anteriormente, pode causar lesões.

3. Aumente a terminação (follow-through).
Todos os golpes do tênis possuem três fases: 1) fase de aceleração da raquete; 2) contato raquete-bola; e 3) fase de desaceleração da raquete. Independente do efeito com que você bate na bola, procure sempre fazer uma terminação bem ampla. Assim você terá mais tempo para desacelerar a raquete suavemente, sobrecarregando menos o cotovelo/antebraço.




Terminação curta

Terminação longa

4. Aumente o tempo de contato raquete-bola.
Momento em que a bola toca as cordas: ambas são deformadasAumentando o tempo de contato entre as cordas da raquete e a bola, o "efeito estilingue" entre elas será mais eficiente: as cordas deformam mais e consequentemente transferem maior quantidade de energia para a bola. Assim você terá que acelerar menos a raquete, "economizando" o cotovelo / antebraço. Dica bem prática para aumentar o tempo de contato: "bata e acompanhe a trajetória da bola com a cabeça da raquete".

Voleio

5. Utilize o "slice" para volear.
Uma dica muito importante para o voleio é utilizar o efeito slice, também conhecido como "underspin". Procure "cortar" a bola, movendo a raquete de cima para baixo, isso aumentará a amplitude do golpe, evitando uma brusca desaceleração. Além disso, o efeito slice mantém a bola baixa após o contato com o solo, dificultando a devolução do adversário.




Voleio de direita de Mirnyi

Voleio de esquerda de Sampras

Saque

6. Lance a bola à frente do corpo
Saque de AgassiNo lançamento da bola (toss), procure colocá-la em um ponto a sua frente. Isso obrigará você a "buscar" a bola, estendendo os joelhos, quadril e cotovelo. Desta forma você vai utilizar todo o corpo para sacar, diminuindo a responsabilidade do cotovelo/antebraço na execução do saque. Se você lançar a bola acima de sua cabeça, não poderá utilizar todo o corpo e acabará sacando "só com o braço".

7. Terminação ampla
Saque do RoddickSe você for destro, procure sacar da direita para a esquerda, assim sua terminação será mais ampla. Os canhotos, obviamente, devem sacar da esquerda para a direita. Portanto, durante a execução do saque, seu braço dominante (que segura a raquete) deve cruzar o tronco. Se isso não acontecer, além de ter de desacelerar bruscamente a raquete, você terá de flexionar o punho (snapp) com grande amplitude. Esses dois movimentos são altamente lesivos.

Para Todos os Golpes

8. Utilize a empunhadura adequada
Se você utilizar uma empunhadura inadequada, seus movimentos para golpear a bola necessitarão de grande esforço e portanto terão maiores chances de lesionar seu braço.
Abaixo, segue a lista das 7 empunhaduras mais utilizadas no tênis, bem como a maneira correta de segurá-las:



 

Empunhadura Posição da palma da mão em relação ao cabo
Continental Face 2
Between Entre face 2 e face 3
Eastern de Direita Face 3
Eastern de Esquerda Face 7
Semi-Western Entre face 3 e 4
Western Face 4
Full-Western Face 5

Assim sendo, tenistas que sofrem de tênis-elbow devem utilizar as seguintes empunhaduras:

  • Direita com top spin - Eastern de direita
  • Esquerda com top spin (1 mão) - Eastern de esquerda
  • Esquerda com top spin (2 mãos) - mão de baixo (dominante): continental; mão de cima (não-dominante): eastern de direita
  • Direita com slice - Continental
  • Esquerda com slice - Continental
  • Voleio de direita - Continental
  • Voleio de esquerda - Continental
  • Smash - Continental ou between
  • Saque - Continental ou between

9. Olhe a bola!!!
Parece uma dica óbvia... mas é só ficarmos cinco minutos assistindo a uma aula de tênis para ouvirmos o professor dizer esta frase, talvez a mais clássica dentro do ensino do tênis.
Apesar de óbvia, procure olhar ainda mais a bola, a fim de acertar o "sweet-spot" da raquete. Mas o que é sweet-spot? É a região do encordoamento da raquete onde ocorre a menor transferência de vibração para o braço, além é claro, de impulsionar mais eficientemente a bola.
Procure olhar para a bola desde o momento em que esta toca as cordas da raquete de seu adversário e tente "achar" a costura ou a marca da bola. Isso vai melhorar sua concentração. Repare como os grandes jogadores olham radicalmente a bola:





Chang

Kuerten

Kafelnikov

10. Lei dos mais fortes
Procure travar o punho e utilizar mais o ombro. Com isto, você terá as seguintes vantagens:
§ o ângulo de contato entre as cordas da raquete e a bola irá variar menos, aumentando a precisão do golpe;
§ sendo o ombro uma articulação maior e mais forte que o cotovelo, você terá menor chance de lesões.

Bibliografia:
BRODY, H. Tennis science for tennis players. University of Pennsylvania Press, Philadelphia, 1.989.
CARROLL, R. Tennis Elbow: incidence in local league players. British Journal of Sports Medicine. 15(4): 250-256. 1981.
GROPPEL, J.L.; SHIN I.; THOMAS J.A; WELK, G.J. The effects of string type and tension on impact in midsized and oversized tennis racquets. The International Journal of Sports Biomechanics, 3, 40-46, 1987.
PLUIM B.M. Rackets, strings and balls in relation to tennis elbow. In: HAAKE S.J., COE A. (eds.) Tennis Science & Technology. Oxford, London, Edinburgh, Malden, Victoria, Paris, Blackwell Science Ltd., pp. 389-393, 2.000.
PRIEST,J.D.; BRADEN,V.; GERBERICH, S.G. The elbow and tennis - part 1. Physician and Sportsmedicine 8(4): 81-91. 1980a

 

Estou à disposição para dúvidas e discusssões.

 



Prof. Ms. LUDGERO BRAGA NETO é tenista de primeira classe pela Federação Paulista de Tênis, Mestre em Educação Física pela USP, onde atualmente faz Doutorado em Biomecânica do Tênis e é professor da disciplina Tênis. Atualmente é também coordenador técnico da Academia Slice Tennis, onde é o treinador da tenista Jenifer Widjaja.

Contatos pelo fone (11) 9281-2177
E-mail: ludgero@usp.br

O TENIS É UM ESPORTE PARA TODOS

Pessoas de qualquer idade, sexo ou grau de deficiência física podem jogar tênis. Não importa o níveo de jogo que tenha, a partir do momento em que saibam sacar, trocar bolas e pontuar, poderão ter a classificação do seu nível de jogo, facilitando, assim, a encontrar parceiro do mesmo nível para jogar.

O tênis é bom para a saúde e para a condição física. A ITF realizou estudos que demonstraram que quando jogadores amadores de nível similar jogam tênis durante uma hora, correm em media 2,5km e mantém um ritmo cardíaco médio entre 140 e 170 batimentos por minuto. Não é de se surpreender que tênis seja o melhor esporte para ajudar as pessoas de todas as idades a se manterem sadias e em plena forma.

Os estudos demonstraram que jogar tênis regularmente.

1 Melhora a saúde e o bem estar geral

2 Melhora a condição física aeróbica, a flexibilidade e a agilidade

3Reduz o risco de doenças como osteoporose, doenças cardíacas e diabetes

4 Melhora a capacidade de tomar decisões e de resolver situações difíceis.