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sexta-feira, 30 de outubro de 2009
terça-feira, 27 de outubro de 2009
domingo, 25 de outubro de 2009
Dicas Voleio
Voleie de direita e esquerda com a mesma empunhadura
Por Ludgero Braga Neto
Quando você sobe para a rede, a distância entre você e seu adversário será menor. Isso quer dizer que a bola que você bateu para se aproximar à rede voltará mais cedo. Além disso, quase sempre seu adversário tentará uma passada, em que a bola será mais rápida ainda. Sob essas condições, será que você terá tempo de perceber de que lado a bola está vindo, mudar de empunhadura, preparar o golpe, se posicionar e ainda golpear a bola? Provavelmente não! Apenas um desses passos pode ser eliminado para tornar todo esse processo mais simples: a mudança de empunhadura.
Muitos tenistas amadores utilizam uma empunhadura para cada voleio: normalmente eastern forehand (foto 01) para o voleio de direita e eastern backhand (foto 02) para o voleio de esquerda. Realmente são empunhaduras mais confortáveis, principalmente para bolas na altura dos ombros. Porém, exigem a mudança. O que fazer então? Utilizar a empunhadura continental (foto 03) para volear nos dois lados. A princípio pode ser um pouco desconfortável, mas com bastante treino, torna-se natural.
Ludgero Braga Neto é tenista 1ª classe pela Federação Paulista de Tênis, formado em Educação Física pela USP, onde atualmente faz Pós-graduação (Mestrado) em Tênis. Ë técnico da equipe Eduardo Eche Tennis, personal-trainer e presta consultoria para clubes e academias. Contatos pelo fone (11) 9281-2177. Fale com Ludgero Braga Neto: ludgero@usp.br |
Dica Saque
Flexione os joelhos para “encaixar” melhor o saque
Pelo Prof. Ms. Ludgero Braga Neto
Grande parte dos tenistas amadores que procuram melhorar o saque não utilizam os membros inferiores para gerar mais potência. E são os membros inferiores que servem como base de apoio para um bom saque. Estudos biomecânicos mostram que durante a execução do saque, o ângulo ideal de flexão dos joelhos deve ser em torno de 110°, como mostrado na figura abaixo. Com isso, o sacador poderá realizar uma eficiente extensão dos joelhos, impulsionando o corpo para cima, em direção à bola que foi lançada, gerando mais potência ao golpe. Além disso, o ponto de contato com a bola será mais alto, o que aumenta o ângulo de passagem da bola sobre a rede, aumentando também a profundidade do saque, dificultando a devolução do adversário.
Durante aulas de tênis, para os golpes de direita (forehand) e esquerda (backhand), muitos professores insistem para que o aluno faça este ciclo de flexão/extensão dos joelhos (popularmente chamado de “dobra mais a perna”). O problema é que em bolas mais rápidas ou em bolas que você não consegue se posicionar com antecedência, não haverá tempo suficiente para executar este ciclo. Sendo assim, esta dica é muito mais válida para o saque, onde você sempre terá tempo, já que controla o lançamento da bola.
Ludgero Braga Neto é tenista 1ª classe pela Federação Paulista de Tênis, formado em Educação Física pela USP, onde atualmente faz Pós-graduação (Mestrado) em Tênis. Ë técnico da equipe Eduardo Eche Tennis, personal-trainer e presta consultoria para clubes e academias. Contatos pelo fone (11) 9281-2177. Fale com Ludgero Braga Neto: ludgero@usp.br |
Dicas Topspin
As Vantagens do Topspin
Pelo Prof. Ms. Ludgero Braga Neto
Primeiramente, vale lembrar que topspin é um efeito bastante utilizado em golpes de fundo de quadra (forehand e backhand). Este efeito é gerado a partir da trajetória da raquete de baixo para cima, como mostrado na figura 1. Com isso, comparando-se com os efeitos flat (sem efeito) e slice (underspin), o executante terá 3 vantagens:
- A bola passará mais alta sobre a rede, diminuindo a chance desta tocar na fita;
- O efeito topspin aumenta a pressão exercida sobre a parte de cima da bola (figura 2), fazendo com que esta caia mais rapidamente, encaixando; mais em quadra;
- Após tocar a quadra, a bola com efeito topspin perde menos altura, dificultando a resposta do adversário.
Vale ressaltar a origem do nome deste tipo de efeito: top = topo e spin = efeito. Portanto, é um efeito gerado a partir do topo da bola, como mostra a figura 3, uma vez que, apesar da trajetória da raquete ser de baixo para cima, o contato das cordas é realizado no hemisfério Norte da bola.
Figura 1 |
Figura 2 |
Figura 3 |
Ludgero Braga Neto é tenista 1ª classe pela Federação Paulista de Tênis, formado em Educação Física pela USP, onde atualmente faz Pós-graduação (Mestrado) em Tênis. Ë técnico da equipe Eduardo Eche Tennis, personal-trainer e presta consultoria para clubes e academias. Contatos pelo fone (11) 9281-2177. Fale com Ludgero Braga Neto: ludgero@usp.br |
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
O que é Sweet spot?
A tradução literal das duas palavras em Inglês e lugar doce ou de impacto, O lugar doce de impacto. Portanto, devemos nos perguntar quando um jogador se sente The Game não teve nenhum impacto ou vibração do impacto entre a raquete ea bola, ou, mais geralmente a impressão de ter bem executado tiro. Una racchetta da tennis, come una mazza da baseball o da cricket possiede pelo menos dois s impacto doce e se a bola é batida em um desses dois lugares as forças que são transmitidas para a mão eo braço são pequenos o suficiente para que o jogador sente que o impacto foi de nenhuma conseqüência. Se a bola é rebatida longe destes lugares o mesmo jogador vai sentir o impacto das violentas e ineficientes.
Nó de vibração
Um tal lugar é o nó de vibração que é implantado, mais ou menos no centro das cordas. O nó de vibração (seria melhor falar de nós vibradores porque na realidade são dois) é o local de uma raquete onde a freqüência de vibração é de cerca de 100Hz em uma raquete relativamente flexível, e, em torno de 180Hz em uma raquete dura. E "o lugar onde você tem uma menor sensação de vibração. A outra questão fundamental reside na alça.
O centro de percussão
O outro local de impacto doce (sweet spot) é o centro de percussão, que está sob o nó de vibração e não coincidem com ele, pois é considerado errado. Quando a bola atinge uma raquete, que tende a girar e traduzir transmitir para a mão que empunha-la, a soma das duas forças de translação e rotação. O centro de percussão (COP) é o lugar onde as forças de translação e rotação são iguais e opostas e, portanto, cancelar. Este lugar está a considerar um outro lugar de sobremesa porque o impacto forças transmitidos à mão são iguais zero.
O centro de restituição máxima
Mas o sapato também tem outro centro que é o lugar onde a bola recebe a maior tensão das cordas. E 'o lugar onde você tem a Melhor Bounce os cabos de panela. Este lugar é ainda menor do que tanto o nó de vibração no centro de percussão. Eu acredito que esta também pode ser visto como um ponto ideal em termos de realidade empírica, o jogador tem a sensação de que o golpe foi atingido ou correr bem, porque deixa a raquete com a maioria de ajudar a empurrar as cordas.
Os três pontos não coincidem e não são fixas.
Como evidenciado pela figura dos três pontos estão localizados em lugares diferentes da placa e as cordas não são fixos para todos os tipos de raquete, em verdade, a sua localização exacta depende da raquete e distribuição de massa ao longo da estrutura da arte. Adicionar a uma raquete de peso significa diminuir ou aumentar a posição destes três centros.
Uma sensação de jogo que inclui um jogador quando ele fala de sweet spot? Freqüências vibracionais não se sente desconfortável? Então seria o nó vibracional. Não sentir o impacto de impacto? Então, falar do centro de percussão. Que sente a bola desliza sem esforço? Neste caso, teria em mente o único centro de restituição ou melhor rebote. A questão do ponto de vista empírico é controversa. Dois são talvez aspectos ser tomadas em consideração: a primeira é que a expansão do tamanho da cabeça aumentou a pressão de encalhe aumentar efeito de Melhor Bounce impacto e aumentar a superfície de atrito a ser utilizado para transmitir rotação, o segundo diz respeito ao advento da Nanotecnologia, Que permitem ato questão para nível atômico Molecular e deixe agir por peso específico materiais em fase de construção e, em seguida refinar distrubution da massa de uma raquete, afetando a localização de seus dois primeiros centros. Em geral, podemos dizer que o nó de vibração e do centro de percussão tendem a seguir a multidão: Se você adicionar peso na cabeça caminhará para o oval.
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
International Development Tennis Center
FOREHAND
Análise ARB: Os vídeos de forehand sugeridos segundo a filosofia ARB são para modificar o hábito de muitos tenistas de colocar inicialmente o peso na perna da frente, onde para um destro, o peso deve começar na perna direita e não na perna esquerda.
Profissional Link Sugestão ARB
Andy Roddick Andy Roddick Forehand Observe que o peso inicia apoiado na perna de trás
Andy Murray Andy Murray Forehand Treino de forehand e backhand. Note a base do forehand
SAQUE
Análise ARB: O saque é o golpe que requer maior coordenação, por isso, em nossa metodologia, utilizamos diferentes tipos de saque para adequar a cada jogadores, porém, em nossa filosofia, acreditamos que foot-back e abertura intermediária, maximizam a energia cinética gerada pelo corpo, eliminando alavancas desnecessárias
Profissional Link Sugestão ARB
Andy Murray Andy Murray Saque Observe ao terminar o lançamento a posição L, ou seja, a raquete faz um L com o braço. Por isso utilizamos para os iniciantes começar o aprendizado na posição L, e não com a raquete dobrada em cima da cabeça. O Murray utiliza o método foot-up
Roger Federer Roger Federer Saque O fator principal que fez com que Federer melhorasse o saque nos últimos anos é a face da raquete quando ele está terminando de realizar o lançamento. Note que a face da raquete está virada para baixo, melhorando a chegada para a posição L
O que estou fazendo de errado?
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Ciência e Saúde
Tennis Elbow: 10 dicas de condicionamento físico
Por Ludgero Braga Neto
Este artigo tem como objetivo completar a série sobre os três fatores causadores de "tennis elbow": já vimos técnica e equipamento, vamos tratar agora do condicionamento físico.
O adequado para os músculos e tendões envolvidos neste tipo de lesão são exercícios de resistência muscular localizada (RML) e flexibilidade. Segundo os médicos Robert Nirschl e Barry Kraushaar, grandes especialistas no assunto, a fase mais importante da reabilitação são os exercícios de RML, que promovem a recuperação da lesão e evitam sua reincidência.
Portanto, a seguir demonstrarei sete exercícios de RML e três de flexibilidade:
1. Extensão do punho
Foto 1 | Foto 2 |
Foto 3 | Foto 4 |
Foto 1 - Coloque o punho em algum apoio, posicionando o antebraço paralelo ao solo. Mantenha o punho em posição de flexão.
Foto 2 - Usando os músculos extensores do punho, mantendo a posição do cotovelo, levante o peso. Mantenha por 3 segundos e volte a posição inicial. Faça este exercício para o lado direito e esquerdo.
Este exercício também pode ser feito com elástico (fotos 3 e 4)
2. Flexão do punho
Foto 5 | Foto 6 |
Foto 7 | Foto 8 |
Foto 5 - Coloque o punho em algum apoio, posicionando o antebraço paralelo ao solo. Mantenha o punho em posição de extensão.
Foto 6 - Usando os músculos flexores do punho, mantendo a posição do cotovelo, levante o peso. Mantenha por 3 segundos e volte a posição inicial. Faça este exercício para o lado direito e esquerdo.
Este exercício também pode ser feito com elástico (fotos 7 e 8)
3. Força de preensão
Foto 9 |
Foto 9 - Aperte uma bola de tênis utilizando os cinco dedos da mão. Mantenha a contração muscular por 3 segundos. Repita o exercício até começar a sentir os músculos levemente cansados. Se estiver muito difícil, utilize uma bola de borracha conhecida como "bolinha para fisioterapia", que é vendida em farmácias.
4. Exercício do elástico
Com os dedos juntos, passe um elástico fino ao redor dos quatro maiores dedos (exceto o polegar). Com a palma da mão voltada para baixo, tente separar os dedos o máximo possível. Mantenha-os afastados por 3 segundos. Repita até sentir os músculos que movem os dedos levemente cansados. Para aumentar a resistência, fixe o elástico mais próximo das pontas dos dedos.
5. Pronação / Supinação do antebraço
Foto 10 |
Foto 10 - Sentado, apóie o antebraço em sua coxa. Segure um peso com a palma da mão voltada para cima (Foto 10a). Lentamente, gire o antebraço para dentro (Foto 10b). Este é o movimento de pronação do antebraço. Mantenha por 3 segundos e então volte à posição da Foto 10a. A volta é o movimento de supinação do antebraço.
6. Desvio radial
Foto 11 | Foto 12 |
Deixe seu braço ao lado do corpo, com a mão segurando o peso (o que sobra voltado para frente), como mostra a Foto 11. Com o polegar apontando para frente, levante e abaixe o peso, usando apenas o punho (Foto 12)
7. Desvio ulnar
Foto 13 | Foto 14 |
Deixe seu braço ao lado do corpo, com a mão segurando o peso (o que sobra voltado para trás), como mostra a foto 13. Com o polegar apontando para frente, levante e abaixe o peso, usando apenas o punho (foto 14)
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:
- Antes de realizar os exercícios de RML, faça um aquecimento de aproximadamente 5 minutos, com uma corrida leve ou com uma compressa quente sobre o a região do cotovelo;
- Para prevenir o agravamento da lesão, é importantíssimo respeitar o aumento gradual da carga para os sete exercícios de RML: comece os exercícios sem utilizar carga, fazendo 1 série de 10 a 15 repetições diariamente. Aumente 5 repetições a cada 2 dias, até conseguir fazer 30 repetições confortavelmente. Então, passe a fazer 2 séries, voltando para 15 repetições cada uma, e vá aumentando 5 repetições por série a cada 2 dias. Quando chegar a 2 séries de 30 repetições, faça os exercícios com um peso de 0,5 kg, e volte para 2 séries de 15 repetições. Continue aumentando gradativamente as repetições, da mesma maneira. Quando chegar novamente a 2 séries de 30 repetições, aumente mais 0,5 kg, e continue assim até 3,0 kg. Porém, de 1,5 kg até 3,0 kg, faça séries até 20 repetições apenas;
- Se os exercícios causarem dor, volte ao estágio anterior. Se persistir, pare e procure novamente o médico;
- Aplique gelo por aproximadamente 20 minutos após cada sessão de exercícios;
- Se o seu médico indicou o uso de cotoveleira ("brace"), utilize-a durante os exercícios.
8. Alongamento: extensão do punho
Foto 15 |
9. Alongamento: flexão do punho
Foto 16 |
10. Alongamento: ombro
Foto 17 |
Bibliografia:
- BRODY, H. - Tennis Science for Tennis Players. University of Pennsylvania Press, Philadelphia, 1989.
- GROPPEL, J.L.; SHIN I.; THOMAS J.A; WELK, G.J. - The Effects of String Type and Tension on Impact in Midsized and Oversized Tennis Racquets. The International Journal of Sports Biomechanics, 3, 40-46, 1987.
- HATZE, H. - Forces and Duration of Impact and Grip Tighness During the Tennis Stroke. Medicine and Science in Sports, 5, 88-95, 1976.
- NIRSCHL, R.P.; KRAUSHAAR, B. S. - Keeping tennis elbow at arm´s length: simple, effective, strengthening exercises. The Physician and Sportmedicine, Vol. 245, n° 5, 1996.
Estou à disposição para dúvidas e discusssões.
Prof. Ms. LUDGERO BRAGA NETO é tenista de primeira classe pela Federação Paulista de Tênis, Mestre em Educação Física pela USP, onde atualmente faz Doutorado em Biomecânica do Tênis e é professor da disciplina Tênis. Atualmente é também coordenador técnico da Academia Slice Tennis, onde é o treinador da tenista Jenifer Widjaja. |
Tênis Ciência e Saúde
Tennis-elbow: 10 dicas técnicas
Por Ludgero Braga Neto
No artigo anterior sobre tennis elbow, foram apresentadas algumas dicas quanto à escolha do equipamento. Recebi muitos e-mails pedindo dicas técnicas para evitar ou melhorar este tipo de lesão tão incômoda para os amantes do tênis. Na verdade, existem dois fatores causadores de tennis-elbow mais relevantes que a escolha do equipamento: técnica e condicionamento físico.
Dentre os e-mails que recebi, percebi que a maioria dos que têm tennis-elbow voltaram a sentir dores após o tratamento médico e fisioterápico. Esta reincidência normalmente ocorre devido ao não tratamento da causa do problema, a qual está intimamente ligada à técnica (maneira com que o tenista golpeia a bola). Portanto, para resolver o problema definitivamente, não adianta apenas parar de jogar/treinar, tratar a lesão e voltar para a quadra com uma técnica incorreta. Se o tenista não melhorar a mecânica de seus golpes, o problema voltará, ocorrendo o seguinte ciclo:
Dor Médico --> Pausa --> Tratamento --> Jogo
Sendo assim, este artigo tem como objetivo oferecer dicas técnicas que auxiliem os tenistas que sofrem de tennis-elbow, além de promover uma maneira de golpear a bola com maior potência e menor esforço físico, visando portanto a otimização.
Vale ressaltar a importância de procurar um médico, de preferência especializado em Medicina Esportiva, ao primeiro sintoma de dor. Este procedimento poderá evitar o agravamento da lesão.
Golpes de Fundo de Quadra (ground strokes)
1. Executar o contato raquete-bola à frente do corpo.
Esta é uma das dicas mais comuns entre os professores de tênis, mas vamos entender as vantagens:
- Facilita a transferência do peso do corpo sobre a bola. Isso diminui a sobrecarga, principalmente sobre o conjunto cotovelo/antebraço;
- Facilita uma ampla terminação (follow-through) do golpe, evitando as intensas contrações musculares causadas pelas desacelerações bruscas;
- Aumenta a liberdade para golpear a bola na cruzada sem a utilização exagerada do punho. Quando o contato é atrasado, a bola tende a sair na paralela.
Forehand de Hewitt | Backhand de Calatrava |
2. Antecipar a preparação (backswing).
Os golpes típicos do fundo de quadra - direita (forehand) e esquerda (backhand) - devem seguir a seguinte ordem de movimento: 1) preparação; 2) passos de ajuste; e 3) terminação. No momento em que a bola tocar a sua quadra, procure já ter finalizado a preparação. Com isso você terá mais tempo para ajustar a posição de seu corpo em relação à bola, evitando o contato atrasado que, como já vimos anteriormente, pode causar lesões.
3. Aumente a terminação (follow-through).
Todos os golpes do tênis possuem três fases: 1) fase de aceleração da raquete; 2) contato raquete-bola; e 3) fase de desaceleração da raquete. Independente do efeito com que você bate na bola, procure sempre fazer uma terminação bem ampla. Assim você terá mais tempo para desacelerar a raquete suavemente, sobrecarregando menos o cotovelo/antebraço.
Terminação curta | Terminação longa |
4. Aumente o tempo de contato raquete-bola.
Aumentando o tempo de contato entre as cordas da raquete e a bola, o "efeito estilingue" entre elas será mais eficiente: as cordas deformam mais e consequentemente transferem maior quantidade de energia para a bola. Assim você terá que acelerar menos a raquete, "economizando" o cotovelo / antebraço. Dica bem prática para aumentar o tempo de contato: "bata e acompanhe a trajetória da bola com a cabeça da raquete".
Voleio
5. Utilize o "slice" para volear.
Uma dica muito importante para o voleio é utilizar o efeito slice, também conhecido como "underspin". Procure "cortar" a bola, movendo a raquete de cima para baixo, isso aumentará a amplitude do golpe, evitando uma brusca desaceleração. Além disso, o efeito slice mantém a bola baixa após o contato com o solo, dificultando a devolução do adversário.
Voleio de direita de Mirnyi | Voleio de esquerda de Sampras |
Saque
6. Lance a bola à frente do corpo
No lançamento da bola (toss), procure colocá-la em um ponto a sua frente. Isso obrigará você a "buscar" a bola, estendendo os joelhos, quadril e cotovelo. Desta forma você vai utilizar todo o corpo para sacar, diminuindo a responsabilidade do cotovelo/antebraço na execução do saque. Se você lançar a bola acima de sua cabeça, não poderá utilizar todo o corpo e acabará sacando "só com o braço".
7. Terminação ampla
Se você for destro, procure sacar da direita para a esquerda, assim sua terminação será mais ampla. Os canhotos, obviamente, devem sacar da esquerda para a direita. Portanto, durante a execução do saque, seu braço dominante (que segura a raquete) deve cruzar o tronco. Se isso não acontecer, além de ter de desacelerar bruscamente a raquete, você terá de flexionar o punho (snapp) com grande amplitude. Esses dois movimentos são altamente lesivos.
Para Todos os Golpes
8. Utilize a empunhadura adequada
Se você utilizar uma empunhadura inadequada, seus movimentos para golpear a bola necessitarão de grande esforço e portanto terão maiores chances de lesionar seu braço.
Abaixo, segue a lista das 7 empunhaduras mais utilizadas no tênis, bem como a maneira correta de segurá-las:
Empunhadura | Posição da palma da mão em relação ao cabo |
Continental | Face 2 |
Between | Entre face 2 e face 3 |
Eastern de Direita | Face 3 |
Eastern de Esquerda | Face 7 |
Semi-Western | Entre face 3 e 4 |
Western | Face 4 |
Full-Western | Face 5 |
Assim sendo, tenistas que sofrem de tênis-elbow devem utilizar as seguintes empunhaduras:
- Direita com top spin - Eastern de direita
- Esquerda com top spin (1 mão) - Eastern de esquerda
- Esquerda com top spin (2 mãos) - mão de baixo (dominante): continental; mão de cima (não-dominante): eastern de direita
- Direita com slice - Continental
- Esquerda com slice - Continental
- Voleio de direita - Continental
- Voleio de esquerda - Continental
- Smash - Continental ou between
- Saque - Continental ou between
9. Olhe a bola!!!
Parece uma dica óbvia... mas é só ficarmos cinco minutos assistindo a uma aula de tênis para ouvirmos o professor dizer esta frase, talvez a mais clássica dentro do ensino do tênis.
Apesar de óbvia, procure olhar ainda mais a bola, a fim de acertar o "sweet-spot" da raquete. Mas o que é sweet-spot? É a região do encordoamento da raquete onde ocorre a menor transferência de vibração para o braço, além é claro, de impulsionar mais eficientemente a bola.
Procure olhar para a bola desde o momento em que esta toca as cordas da raquete de seu adversário e tente "achar" a costura ou a marca da bola. Isso vai melhorar sua concentração. Repare como os grandes jogadores olham radicalmente a bola:
Chang | Kuerten | Kafelnikov |
10. Lei dos mais fortes
Procure travar o punho e utilizar mais o ombro. Com isto, você terá as seguintes vantagens:
§ o ângulo de contato entre as cordas da raquete e a bola irá variar menos, aumentando a precisão do golpe;
§ sendo o ombro uma articulação maior e mais forte que o cotovelo, você terá menor chance de lesões.
Bibliografia:
BRODY, H. Tennis science for tennis players. University of Pennsylvania Press, Philadelphia, 1.989.
CARROLL, R. Tennis Elbow: incidence in local league players. British Journal of Sports Medicine. 15(4): 250-256. 1981.
GROPPEL, J.L.; SHIN I.; THOMAS J.A; WELK, G.J. The effects of string type and tension on impact in midsized and oversized tennis racquets. The International Journal of Sports Biomechanics, 3, 40-46, 1987.
PLUIM B.M. Rackets, strings and balls in relation to tennis elbow. In: HAAKE S.J., COE A. (eds.) Tennis Science & Technology. Oxford, London, Edinburgh, Malden, Victoria, Paris, Blackwell Science Ltd., pp. 389-393, 2.000.
PRIEST,J.D.; BRADEN,V.; GERBERICH, S.G. The elbow and tennis - part 1. Physician and Sportsmedicine 8(4): 81-91. 1980a
Estou à disposição para dúvidas e discusssões.
Prof. Ms. LUDGERO BRAGA NETO é tenista de primeira classe pela Federação Paulista de Tênis, Mestre em Educação Física pela USP, onde atualmente faz Doutorado em Biomecânica do Tênis e é professor da disciplina Tênis. Atualmente é também coordenador técnico da Academia Slice Tennis, onde é o treinador da tenista Jenifer Widjaja. |
O TENIS É UM ESPORTE PARA TODOS
O tênis é bom para a saúde e para a condição física. A ITF realizou estudos que demonstraram que quando jogadores amadores de nível similar jogam tênis durante uma hora, correm em media 2,5km e mantém um ritmo cardíaco médio entre 140 e 170 batimentos por minuto. Não é de se surpreender que tênis seja o melhor esporte para ajudar as pessoas de todas as idades a se manterem sadias e em plena forma.
Os estudos demonstraram que jogar tênis regularmente.
1 Melhora a saúde e o bem estar geral
2 Melhora a condição física aeróbica, a flexibilidade e a agilidade
3Reduz o risco de doenças como osteoporose, doenças cardíacas e diabetes
4 Melhora a capacidade de tomar decisões e de resolver situações difíceis.