terça-feira, 1 de setembro de 2009

Dicas de equipamentos

Guia de cordas: Co-polímero e poliéster

Através das matérias anteriores, conhecemos os tipos de materiais usados na fabricação das cordas para raquetes, além de suas vantagens e desvantagens. Sendo assim, criamos um guia com as principais cordas do mercado, devidamente divididas por grupos, para ajudar o tenista na escolha mais apropriada.

Hoje, falaremos do grupo dos poliéster e co-polímeros, que são os monofilamentos, provavelmente as cordas mais experimentadas atualmente, em virtude de serem uma das mais "novas" cordas que apareceram e a grande maioria dos profissionais usar esse tipo de material. Vale a pena relembrar que não são as cordas mais confortáveis do mercado. Minha dica para aqueles que não se recordam é dar uma olhada na matéria "Corda, o motor da raquete" dessa coluna para ter ciência exata do tipo de cordas a que estamos nos referindo!

Cordas de poliéster: Como vimos, são os famosos "arames" que no geral têm custo baixo, normalmente destinadas para os tenistas que arrebentam muitas cordas, pois tem boa durabilidade apesar de serem as cordas que mais perdem tensão e vibram no mercado. Variam muito pouco ou quase nada de marca para marca, pois não existem grandes avanços técnológicos que possam fazer diferir sensivelmente um modelo de outro. Portanto, para escolha, a marca preferida ou o quesito preço podem determinar qual será a corda usada. A faixa de preço desse tipo de material varia entre R$ 10,00 e R$ 25,00.

- Sonic Polimax II, Toalson Polygut,Tecnifibre Polyspin, Gamma X-tra Poly , Babolat Duralast, Head Competition II, Wilson Enduro Gold, Prince Tournament Poly, Pacific Poly Power, Sigma Poly, etc, estão entre as cordas mais modernas e procuradas do mercado. Como foi dito, não
diferem tanto, mas obviamente possuem algumas diferenças, como algumas terem uma relação custo x benefício mais atrativa ou possuirem uma durabilidade melhor. Mas isso é pessoal, de cada tenista, por isso, para as cordas de poliéster o ideal é experimentar, para saber na prática qual é melhor para a sensibilidade de cada um.

As cordas em Co-polímero também dão a sensação de "arame", porém, possuem muito mais técnologia em sua construção, para começar pelos inúmeros materiais que as compoõe. Por isso, ao contrário das cordas de poliéster, os co-polímeros possuem algumas distinções de marca para marca e até mesmo entre modelos da mesma marca, como veremos a seguir. Mas em um âmbito geral, perdem muito menos tensão e vibram sensivelmente menos.

Dividirei este grupo de cordas em "Econômicas" (co-polímeros de custo mais baixo) e "Top" (as melhores cordas em co-polímero de cada marca).

Co-polímeros econômicas: Têm custo mais alto que as cordas de poliéster, variam entre R$ 25,00 e 35,00, aproximadamente, mas já são indiscutivelmente de maior qualidade quando comparados com as cordas citadas anteriormente. Podemos destacar: Head Ultra Tour e Head Sonic, Pacific Poly power Pro, Tecnifibre ProRed code, Unique Big Hitter, etc.

Co-polímeros top: Reúnem as principais técnologias de suas marcas para esse tipo de corda e são normalmente as que os profissionais usam. São as que menos perdem tensão no mercado e praticamente não vibram, apesar de não "correrem"( deslizarem com o passar do tempo e batidas) ao redor do aro e proporcionarem mais firmeza na batida. Apenas como lembrete, as cordas de poiéster e co-polímeros econômicas também "correm" menos, mas as tops praticamente não correm. Exemplos:

Luxilon Alu Power e Luxilon Original (usadas por tenistas como Guga, Ferrero, Moyá, Federer -Federer usa combinada com tripa natural -, etc.), Pacific Poly Force (Bellucci, Youzhny, Stepanek, etc), Babolat Pro Hurricane Tour ( Nadal, Roddick -usa combinada com tripa natural -,
etc) Gamma Zo Tour, Toalson Thermax, Signum Pro Poly Plasma, etc.

Obviamente, as cordas dessa categoria mostram diferenças uma das outras, por isso, o ideal também é testar alguns modelos, pois algumas são ligeiramente mais confortáveis que outras ou mais firmes. Assim, é muito importante saber o que o tenista procura e sempre conversar com um bom encordoador, que realmente possa indicar o que cada tenista precisa.

Na próxima matéria, falaremos das tripas sintéticas e tripa natural, que são as cordas mais confortáveis do mercado e apresentam diversas particularidades.

Grande abraço e até a próxima!


Fabrizio Tivolli é o encordoador oficial do Brasil Open, atuando também em torneios estaduais e brasileiros. Formado em encordoamento e análise técnica de raquetes por Lucién Nogues na convenção Babolat. É técnico e consultor de equipamentos tenísticos, encordoador e proprietário da Tivolli Sports, de Alphaville. Escrevendo sobre equipamentos também para a Federação Paulista.
E-mail: fabrizio@tivollisports.com.br


 

 

Guia de cordas - parte II: Tripas sintéticas e naturais

Por Fabrizio Tivolli
04/6/2009

Na matéria anterior, iniciamos o guia de cordas falando sobre os monofilamentos em co-polímero e poliéster. Hoje, daremos continuidade falando sobre os grupos de cordas mais confortáveis e com maiores diferenças entre si: as tripas naturais e sintéticas.

Com base nas matérias anteriores que cuidavam do assunto, entendemos por que as tripas sintéticas nos proporcionam (entre outras coisas) maior conforto quando comparadas aos monofilamentos. O fato de serem multifilamentos, em grande parte de materiais e tecnologias mais nobres, ofereçe maior absorção da vibração.

Começando com as tripas sintéticas, iremos subdividi-las em tripas sintéticas "econômicas", "custo x benefício", "tops de linha" e "específicas para efeitos".

Tripas sintéticas econômicas: são as cordas que diferem do nylon por, principalmente, possuírem maior quantidade de filamentos, além da presença de materiais um pouco melhores em sua composição, deixando-as mais confortáveis, mas, muitas vezes, menos duráveis quando comparadas com as cordas em nylon. O preço médio das cordas dessa família fica entre R$12,00 e R$ 25,00. Dica: Se você está em dúvida entre colocar em sua raquete uma corda de nylon ou uma de tripa sintética econômica, procure optar pela sintética, pois conforto nunca é demais e o preço, no final das contas, não valerá tanto a pena.

Babolat Synthetic gut,Pro Speed ou Extra speed, Head Synthetic Gut ou Synthetic gut PPS, Wilson Synthetic gut Extreme ou Ultra, Prince Synthetic gut duraflex, Gamma Challenger, Tecnifibre Ti Syngut, Pacific Syntec ou Duratech são bons exemplos deste tipo de corda no mercado. Qualidade, conforto ou durabilidade diferem entre esses modelos, o ideal sempre é testar alguns modelos.

Tripas sintéticas com melhor custo x benefício: são as cordas que se aproximam das cordas top de linha. No geral, oferecem ótimo conforto com a diferença de um preço mais acessível. Possuem quantidade de filamentos intermediária, na maioria dos casos. Obs: colocarei entre parênteses a característica maior de cada modelo para que vocês possam se situar melhor na hora da escolha.

Principais exemplos: Wilson Stamina (durabilidade) ou Sensation (conforto), Babolat Attraction (conforto), Conquest (velocidade), Syntronic Brio (durabilidade) ou Conquest Ti (velocidade/durabilidade), Toalson L.E.O. (eliminar vibração), Pacific Power line (versatilidade) ou Futura TXT (conforto), Prince Multifilament (conforto), Yonex Ti 880 (eliminar vibração), Head Fibergel power (velocidade/eliminar vibração), Tecnifibre Multifeel, etc.

Tripas sintéticas top de linha: como o nome já diz, as cordas pertencentes a este grupo são as que mais se aproximam da tripa natural, sendo assim, as que possuem maior número de filamentos em sua composição e as melhores tecnologias para o tenista obter o máximo de rendimento.

Exemplos: Gamma Live Wire Professional ou XP, Tecnifibre (qualquer uma da linha biphase), Pacific PMX, Wilson Nxt Tour ou Hollow core, Babolat Xcell premium, Prince Recoil, Head Fxp power, etc.

Tripas sintéticas para efeitos: este tipo de corda favorece os mais variados golpes com efeitos, sobretudo o top spin, pois em sua construção elas são feitas de uma maneira que fiquem rugosas e mais ásperas, fazendo com que a bola agarre mais na corda, consequentemente gerando maior efeito.

Exemplos: Babolat Conquest Rough, Head Fibergel spin, Wilson Super spin, Toalson Asterisk, Prince Top spin, etc.

Tripas naturais: é indiscutívelmente a corda mais complexa de ser fabricada do mercado, consequentemente a mais cara, porém de conforto e toque sem igual. Este tipo de corda possui, no geral, a maior quantidade de filamentos em sua composição. No Brasil, atualmente existem mais marcas trazendo este tipo de corda, são elas: Babolat Vs ou Tonic, Gamma Natural, Pacific Natural, etc.

Dentro dos grupos citados acima, obviamente não estão todos os modelos de corda e marcas disponíveis no mercado. Temos de levar em consideração, também, a sua rotatividade e tempo que ficam em linha. Procurei citar as mais consagradas e de qualidade conhecida e comprovada. Como sempre digo, vale a pena fazer alguns testes e sentir na prática as diferenças que uma área tão cheia de peculiaridades como a das cordas pode oferecer!

Na próxima matéria, falaremos sobre as inúmeras novidades do mercado!

Grande abraço

 


Fabrizio Tivolli é o encordoador oficial do Brasil Open, atuando também em torneios estaduais e brasileiros. Formado em encordoamento e análise técnica de raquetes por Lucién Nogues na convenção Babolat. É técnico e consultor de equipamentos tenísticos, encordoador e proprietário da Tivolli Sports, de Alphaville. Escrevendo sobre equipamentos também para a Federação Paulista.
E-mail: fabrizio@tivollisports.com.br

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