sábado, 18 de setembro de 2010

Perda de tensão: quando devo trocar a corda de minha raquete?

Por Fabrizio Tivolli

Nas matérias sobre o mundo dos equipamentos, descobrimos a importância que um bom kit de raquete + corda influencia, e muito, em quadra. Todo tenista adora abrir sua raqueteira e empunhar uma boa raquete, com uma corda compatível com sua qualidade, principalmente quando bem encordoada! No entanto, muitos não se dão conta de que, a partir do momento que o  encordoador corta o nó final de seu serviço, a corda está com os dias contados.
Uma das perguntas praticamente unânimes que um tenista um dia já fez é a famosa: "Quando devo trocar as cordas de minha raquete?". Nesta matéria, desvendaremos alguns mitos e ajudaremos os jogadores a ter ciência do quão importante é ficar de olho na perda de tensão.
A arte do encordoamento é algo que exige muita precisão da máquina e do encordoador e a manutenção das cordas merece cuidados que se iniciam a partir da armazenagem (elas não podem ficar em condições de extremo calor ou umidade, por exemplo). Uma vez bem colocadas sob tensão, as cordas sofrem influências naturais como dia - noite, frio - calor, etc, o que as fazem expandir e retrair, ou seja, a corda vai ressecando (é muito importante escutar aquele barulho "crec-crec", que uma corda altamente ressecada faz) e perdendo tensão. O mais importante é que esse fenômeno acontece mesmo que se encordoe a raquete e o tenista sequer bata uma bola com ela!
Aí é que muitas vezes está o problema. Se você é o tipo de tenista que se preocupa em estar com "tudo em dia" ou, pelo menos, com o equipamento em condições discretas de uso, é importante se atentar a este fato. Mu itos tenistas pecam por achar que as cordas estão iguais (principalmente os mais iniciantes), pois estão acostumados do jeito que está, mas na verdade a corda já não estará mais firme, sua tecnologia já não será mais eficiente e o fato de estar ressecada, combinado com a perda de tensão, pode maximizar efeitos de vibração e piorar muito o controle de bola. Costumamos usar o termo de que a corda está "morta" ou seja, ela está ali, mas sua vida útil já se esgotou. O ideal é que o tenista troque a corda, pois só assim ele sentirá que a corda não está igual de quando estava mais nova e a diferença que pode fazer.
Mas quando trocar? Já vi uma regra de que se deve encordoar no ano a quantidade de vezes que você joga na semana, ou seja, se você joga 2 vezes na semana, sugere-se que se encordoe duas vezes ao ano, regra essa que pode ser válida, mas que particularmente discordo, por um simples motivo: sabemos que mesmo com uma boa conservação da raquete/corda, é inevitável que, em no máximo 3 meses, a corda já perca grande porcentagem da tensão inicial, o  suficiente para nos irritar com falta de controle.
Conheço inúmeros tenistas, dos mais variados níveis (exceto os muito iniciantes), que jogam duas vezes por semana, que apresentam um grau de exigência normal com relação ao equipamento, para quem realmente seria totalmente inviável ao jogo manter uma corda na raquete por algum tempo que chegue próximo a 5 meses. Por este motivo, minha sugestão é que se você for um tenista que se preocupa em ter a raquete com o controle necessário, com a tensão aceitável, procure trocar a corda em no máximo 3 meses. Um tenista com um grau de exigência maior, mas cujo estilo de batida não facilite a quebra de cordas, trocar entre 1 e 2 meses e se for um tenista mais iniciante, que não seja tão exigente, pode usar a regra da quantidade de vezes que joga na semana sendo igual às vezes no ano que se deve encordoar.
Apenas como curiosidade, a perda de tensão em um nível mais avançado é tão grande que os parâmetros mudam: para grandes arrebentadores de corda (os que arrebentam quase todo dia ou no máximo toda semana), uma ou duas libras podem fazer toda a diferença, pois pode significar um match-point indo a um palmo fora da linha ou um ace que não entrou por pouco. Por isso, esta faixa de tenistas (arrebentando ou não) troca a corda toda a semana. Os tenistas profissionais, por exemplo, treinam de manhã com raquetes de corda nova e à tarde, quando jogam uma partida oficial de torneio, mandam encordoar as raquetes novamente.
Cuidados para manter a tensão: o clima está intimamente ligado com a vida útil da corda; por este motivo, manter as raquetes em sacos plásticos (como os profissionais) e armazenagem em compartimentos térmicos de raqueteiras, minimizam a ação do clima na perda de tensão. Com a chegada do verão, muito cuidado: o calor excessivo é o inimigo número 1 das cordas, pois acelera muito a diminuição de vida útil da corda.
Grande abraço e até a próxima!

Fabrizio Tivolli é o encordoador oficial do Brasil Open, atuando também em torneios estaduais e brasileiros. Formado em encordoamento e análise técnica de raquetes por Lucién Nogues na convenção Babolat. É técnico e consultor de equipamentos tenísticos, encordoador e proprietário da Tivolli Sports, de Alphaville. Escrevendo sobre equipamentos também para a Federação Paulista.

fabrizio@tivollisports.com.br

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