13/05/2012 às 19h55
Por André da Costa Gonçalves (Jacaré)
Teste de pliometria
Existem tenistas de 16 anos com dificuldades de realizar outra atividade física fora da quadra de tênis como andar de bicicleta, nadar, ou não sabem correr e saltar com técnica. O treinamento funcional resgata estas habilidades que tiveram suas fases de ouro na infância e adolescência.
A capacidade funcional é a habilidade utilizada por não-atletas para realizar as atividades normais do dia-a-dia com eficiência, autonomia e independência. Para os atletas, o destaque fica para as técnicas de priocepção, domínio motor e alta especificidade.
Os atletas que praticam o treinamento funcional atingem rapidamente um nível superior. A ótima utilização da cadeia cinética motora é importantíssima para atingir a potência necessária para o profissionalismo.
Com o treinamento funcional é possível criar o exercício específico com os equipamentos (elásticos, bolas, med ball, suíça, reaction ball, zigg ball, balance disc, builder swing, plataformas, cintos, radar). Conseguimos simular o ângulo que está faltando para o golpe sair com velocidade, joelhos e ombros sincronizados para biomecânica ideal, tendinites reduzidas e ainda medir a evolução do tenista (notas de desempenho).
Desenvolvemos e aprendemos exercícios novos com os capacitadores, fisioterapeutas, treinadores, biomecânicos. Todos desenvolvem novas metodologias de ensino para aperfeiçoar de forma rápida o físico do jogador.
O desafio é outro fator para optar pelo funcional, pois utilizando os novos equipamentos para a prática, o treinador eleva o nível dos tenistas rapidamente, com a utilização do desafio ideal e diário e com as progressões (notas de desempenho).
Uma biomecânica de golpes e movimentação ótima reduz o número de contusões (exemplo: Federer). No YouTube, podemos assistir aos melhores tenistas profissionais do mundo utilizando técnicas de treinamento funcional e pilates: Federer, Sharapova, as irmãs Williams, Andy Roddick, Andy Murray, Rafael Nadal, entre outros. Assista a um de nossos vídeos jtfbr youtube.
Mas acredite: eles não mostram tudo que fazem; escondem aquele treino que os fazem vencer determinado adversário.
Conclusão
Esta matéria é parte do estudo “Bateria de testes para tenistas” (700 testes realizados e repetidos entre 4 a 12 vezes por jogador, com idades variando entre dos 8 aos 17 anos. Duração da pesquisa: 12 anos).
Os resultados indicaram deficiência de qualidade em capacidades físicas como: força rápida, potência de golpes, velocidade de arranque e de movimentos, força de impulsão, flexibilidade, nos juvenis brasileiros. (Gonçalves)
Resistência aeróbia é a melhor capacidade física juntamente com os índices técnicos dos golpes de base. Estes índices são elevados nos brasileiros desde os 12 anos, mas não se elevam com os 16 e 18 anos.
Concluindo, existe uma deficiência em técnicas e biomecânicas avançadas, principalmente nas jogadoras.
A falta de utilização da cadeia cinética, a pouca flexão dos joelhos para ativar o principio de ação e reação dos membros inferiores é a principal causa da falta de potência e de profundidade dos golpes dos jogadores a partir dos 16 anos, principalmente nos saques. (Gonçalves 2000.)
Os treinadores precisam desenvolver uma biomecânica mais moderna nos seus jogadores. As necessidades são múltiplas, baseadas em saltos combinados com giros, princípios de equilíbrio, inércia, oposição de forças, transferência de peso, momentum linear e angular e a cadeia cinética (Braga Neto 2010). Aí sim os tenistas brasileiros disputarão os grandes torneios e, mais, irão jogar mais tempo, melhor nível, com menos lesões. O treinamento funcional é uma ótima opção para todas estas gestões.
Diretor do JTF - Formação e Treinamento
Ribeirão Preto / SP
andregoncalves10@hotmail.com
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