terça-feira, 23 de novembro de 2010

Atenção Visual

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiotShQMjlUf7YvKp6NkHMa9OejmlfPsIpmT4FiHTycWMCqDTf3asW7XM89yvwUjBbEztekj3cnvA-Z8TqoOtT5HiqhkSBOHJxV2T5W5Fnm0pHcf_nsNDJpE9i9X7SDy2StMd9sQV50OyE/s1600/Slide2.JPGA visão é considerada como nossa "rainha dos sentidos", pois, confiamos nela mais do que os nossos outros sentidos durante a realização de uma tarefa qualquer. O tenista deve saber focar sua atenção visual seletivamente durante uma partida. Essa atenção visual seletiva refere-se ao fato de que o jogador deve angular sua visão ao comportamento do deslocamento do adversário na quadra e a trajetória da bola. Observando atentamente o comportamento do adversário na quadra, podem-se antecipar seus movimentos e/ou arriscar em algumas jogadas mais ousadas. Na questão da trajetória da bola, a mesma não precisa ser observada visualmente em 100%. O importante é focar a visão nos últimos 50% da trajetória final da bola. Isso é conseguido através de um treinamento de atenção visual seletiva.

Foco de atenção no tênis


 
Roger Federer se concentrando para o saque.
 
O controle da atenção pode ser considerado como uma habilidade de grande importância na hora de desempenhar qualquer atividade. No esporte de rendimento, qualquer perda de atenção pode influenciar diretamente no resultado final do jogo ou da competição. O tênis tem a característica de que a perda de um ponto no momento errado pode causar a derrota. Este artigo tem por objetivo abordar alguns aspectos teóricos relacionados com o foco de atenção no esporte e sua relação com o melhor desempenho nas atividades.
O que é atenção?

A atenção é o processo que direciona nossa vigília quando as informações são captadas pelos nossos sentidos, ela também pode ser vista como um mecanismo que consiste na estimulação da percepção seletiva e dirigida (Guallar & Pons, 1994; Martens, 1987; Samulski, 2002). Dentre seus diversos tipos destaca-se a concentração que pode ser definida como a focalização da atenção em um determinado objeto ou em uma ação (Samulski, 2002). No esporte ela é a habilidade de focalizar em estímulos relevantes do ambiente e de manter esse foco ao longo do evento esportivo (Weinberg, 1988; Weinberg & Gould, 2001) e ela pode ser dividida em três partes: concentração em sinais relevantes, manutenção do foco de atenção todo o tempo e consciência da situação.

Qual foco utilizar?

Um outro aspecto da atenção, o tipo de foco utilizado, é de suma importância para o processamento seja adequado e eficiente (quadro 1). Para Cervelló (1999) pode-se identificar quatro tipos de focos: amplo interno, amplo externo, estreito interno e estreito externo.

Quando um indivíduo mantém o primeiro tipo de foco, ele é capaz de organizar e integrar um grande número de pensamentos e percepções, é o estilo adequado para analisar e planejar ações. O segundo estilo permite ao sujeito explorar, perceber e organizar um grande número de estímulos externos, é o foco adequado frente à situações complexas e com um grande nível de informação. O terceiro tipo auxilia a pessoa a focalizar a atenção para uma determinada linha de pensamento, e é adequada para solucionar problemas concretos ou para meditar. O último estilo atencional ajuda o indivíduo a focalizar a atenção para uma atividade mais ou menos complexa evitando as distrações, com o objetivo de realizar uma determinada ação, e é adequado para um grande número de esportes.

A amplitude do foco faz referência à quantidade de estímulos aos quais o atleta deve prestar atenção a cada instante. Sendo que o foco amplo está relacionado com um grande número de estímulo e o foco estreito com apenas um ou dois estímulos mais importantes. Já a direção do foco, faz referência a dirigir a atenção para aspectos externos ou internos do indivíduo.

Uma pesquisa realizada na Espanha por Solanellas, Font & Rodríguez (1996) com jogadores de tênis sobre estilos atencionais (215 tenistas do sexo masculino e 215 do sexo feminino, com idades variando de 12 à idade adulta), os autores utilizaram uma versão adaptada do teste TAIS de Nideffer (1976), onde mostrou que a grande maioria dos jogadores usava um foco estreito durante os jogos (83.85%). Já em relação à direção do foco, os resultados mostraram uma predominância do foco externo (64.60%), porém com uma diferença significativa entre sexo masculino (58.8%) e feminino (71.1%).

Diversos autores realizaram pesquisas relacionando o tipo de foco de atenção e o desempenho, entre os quais destacam-se Robazza, Bortoli & Nougier (1998) que trabalharam com atletas de alto nível, do sexo feminino, da seleção italiana da modalidade de arco e flecha; Radlo, Steinberg, Singer, Barba & Melnikov (2002) com indivíduos que deviam lançar dardos tentando acertar num alvo na parede, os sujeitos eram divididos em dois grupos, um com foco interno e outro com foco externo; Shea & Wulf (1999) avaliou a influência sobre a aprendizagem da atenção num foco externo ou interno e do feedback de foco externo ou interno. Wulf, McConnel, Gärtner & Schwarz (2002) realizaram um estudo com dois experimentos realizados no campo, um com voleibol e outro com futebol. Os resultados desses estudos indicam que o uso do foco de atenção externo, em atividades "fechadas" (saque no tênis), está relacionado com um melhor desempenho nas tarefas executadas pelos sujeitos.

Conclusão

Antes de cada ponto e durante os intervalos entre os pontos os jogadores devem preparar-se da melhor maneira possível para que sua atenção seja adequada ao iniciar o ponto. É importante que esses saibam que tipo de foco utilizar nas diversas situações do jogo. No saque o tenista tem controle sobre a situação, sobre a bola a ser lançada e tem tempo para decidir o que pretende fazer. Além disso, os autores afirmam que neste tipo de tarefa o atleta pode preparar uma estratégia, um plano de ação, um protocolo, uma rotina ou um ritual pré-performance (Lindor & Singer, 2003).

Essa rotina é dividida em fases que auxiliam o tenista a manter a sua atenção durante os jogos. Ela geralmente é composta de atividades que exigem mudanças de foco de atenção, tais como: olhar para as cordas da raquete (foco externo - estreito), relaxamento e respiração (foco interno - estreito), plano tático para o ponto (foco interno - amplo), visualização (foco interno - estreito) e focalização do alvo (foco externo - estreito). Na devolução os tenistas também devem estabelecer rotinas e manter um foco externo - estreito para detectar indícios, no movimento de saque do adversário, que permitam antecipar o tipo de bola e a sua trajetória, melhorando a eficiência da resposta. 
 
Quadro 1. Quatro diferentes tipos de foco de atenção (adaptado de Murray, 2002).
 
              
                         

Referências:

• Cervelló, E. M. G. (1999). Introducción al entrenamiento psicológico. Em J. P. F. García (Org.). Enseñanza y entrenamiento del tenis. (pp. 145-182). Cáceres, Espanha: Universidad de Extremadura. Servicio de publicaciones.
• Guallar, A., Pons, D. (1994). Concentración y atención en el deporte. Em I. Balaguer (Org.), Entrenamiento Psicológico en el Deporte. (pp. 207-245). Valencia, Espanha: Albatros Educación.
• Lindor, R., Singer, R. N. (2003). Preperformance Routines in Self-Paced Tasks: Developmental and Educational Considerations. Em R. Lindor & K. P. Henschen (Org.), The Psychology of Team Sports. (pp. 68-98). Morgantown, Estados Unidos da America: Fitness Information Technology, Inc.
• Martens, R. (1987). Coaches guide to sport psychology. Champaign, Estados Unidos: Human Kinectics Publishers.
• Murray, J. F. (2002). Tenis inteligente: Como jugar y ganar el partido mental. Barcelona, Espanha: Editorial Paidotribo.
• Radlo, S. J., Steinberg, G. M., Singer, R. N., Barba, D. A., Melnikov, A. (2002). The influence of an attentional focus strategy on alpha brain wave activity, heart rate, and dart-throwing performance. International journal of sport psychology, 33 (2), 205-217.
• Robazza, C., Bortoli, L., Nougier, V. (1998). Physiological arousal and performance in elite archers: A field study. European psychologist, 3 (4), 263-270.
• Samulski, D. M. (2002). Psicologia do esporte. Barueri: Manole.
• Shea, C. H. & Wulf, G. (1999). Enhancing motor learning through external-focus instructions and feedback. Human movement Science. 18, 553-571.
• Solanellas, F., Front, J. & Rodríguez, F. A. (1996). Prevalencia del estilo atencional en la población catalana de tensitas. Apunts Educación Física y deportes, 44 - 45, 154-163.
• Weinberg, R. S. & Gould, D. (2001). Fundamentos da psicologia do esporte e do exercício. (M. C. Monteiro, trad.). Porto Alegre: Artmed. (2aEd.).
• Weinberg, R. S. (1988). The mental advantage: Developing your psychological skills in tennis. Champaign, Estados Unidos: Leisure Press.
• Wulf, G., McConnel, N., Gärtner, M. & Schwarz, A. (2002). Enhancing the learning Sport Skills through External-Focus Feedbac. Journal of Motor Behavior, 34(2), 171-182.
 
Laurent Olivier Abes
Trabalha com tênis desde 1994, sendo sócio-proprietário da Mental Tennis Serviços Esportivos Ltda. É formado em Educação Física e Mestre em Psicologia pela Universidade Fededal de Santa Catarina (UFSC). Desde 2003, dedica-se a treinamento mental. É membro do Laboratório de Neurociências do Esporte e do Exercício da UFSC e do Núcleo de Estudos em tênis da Campo da UFSC. e-mail: laurentabes@hotmail.com

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Como o novo sistema Play and Stay pode melhorar seu jogo

Por Suzana Silva


 

A Federação Internacional de Tênis, atenta ao movimento dos tenistas na direção desta ou de outra forma de lazer, percebeu que muitas pessoas que começavam a jogar tênis acabavam parando depois de algum tempo.
Ver um tenista profissional em ação, ter um ídolo esportivo do próprio país, quadras públicas à disposição, tudo isso influi para que alguém decida dar suas primeiras raquetadas.  Mas a permanência no esporte depende de mais alguns fatores.  Quais?
Os leitores deste site provavelmente já foram mordidos pelo “bichinho” do tênis e possuem um mínimo de controle, ou seja, já passaram da fase de “furar” bolas e de usar muito mais tempo pegando bolas perdidas do que efetivamente rebatendo-as.  E o começo?  Foi fácil?
Neste mundo moderno, tecnológico e rápido em que vivemos, são poucas as pessoas que dispõe de paciência e de tempo para aprender um jogo novo e se divertir.  Normalmente usam apenas os dedinhos num joystick ou num teclado e está valendo. 
Tênis?  “Ah, é muito difícil”, “Não tenho coordenação para jogos com bola”, “Eu a uma raquete não poderemos nos dar bem nunca!”, são desculpas comuns para manter as pessoas longe do esporte branco.
E, quando conseguem começar?  Após três meses de infrutíferas tentativas para controlar a bolinha, desistem e partem para esportes ou atividades físicas mais fáceis, e que promovem ganhos em condicionamento físico: corrida, futebol, voleibol, Pilates, e todas as modalidades de fitness.
Respondendo à pergunta do início deste artigo, o sistema Play and Stay é um fator de peso para influenciar a permanência das pessoas no tênis por mais tempo.  O slogan do programa: “Saque, jogue e pontue” já diz tudo: é preciso que o tênis seja encarado em sua essência, ou seja, como um jogo, desde o dia 1. Esta é o segredo da coisa.
As trocas de bola permitidas pelo sistema Play and Stay são o “pulo do gato”: mais bola em jogo, mais deslocamentos por mais tempo, e como conseqüência mais condicionamento físico aeróbico.  Mas, que raio de negócio é isso do Play and Stay?
É tão simples e óbvio que pensamos: como não tive esta idéia antes?  O sistema Play and Stay usa bolas mais lentas, em espaços reduzidos, aumentando as chances de pessoas - com ou sem experiência esportiva anterior - conseguirem trocar mais bolas!  Todo o sistema é baseado neste princípio de facilitar o aprendizado: há quatro velocidades de bola e três tamanhos de quadra progressivos em dificuldade (veja quadro).
Com a bola mais lenta (vermelha, 25% da velocidade da bola normal), no espaço aproximado da área de saque, iniciantes de todas as idades conseguem trocar muitas bolas, desde o primeiro dia.  E a idéia central do sistema fica garantida (saque jogue e pontue desde a primeira aula!).
Conforme o praticante evolui, pode-se aumentar o tamanho da quadra e a velocidade da bola.  Um professor de tênis familiarizado com o sistema poderá ajudar nessa transição.  O importante é que seja mantida a possibilidade de trocas de bola, com domínio pelos praticantes.  É outra coisa praticar com amigos usando a bola correta para o nível de habilidade!
Professores antenados já usam bolas mais lentas em suas aulas de adultos e crianças iniciantes  há algum tempo (aqui no Brasil são fabricadas aquelas bolas com menor pressão, normalmente de duas cores), porque perceberam que além de permitir maiores trocas de bola e a sensação do jogo, também contribuem para o aprendizado mais rápido da técnica.  Explico: mais lentas, permitem que o aluno acerte melhor a percepção do tempo da bola e acione a preparação do golpe, fundamental para o contato firme e à frente do corpo.
Mas, atenção: as duas cores dessas bolas antigas nada têm a ver com as bolas do Play and Stay.  As bolas oficiais do sistema possuem indicação no tubo ou no invólucro indicando Vermelha – Laranja – Verde.  As bolas de duas cores nacionais seriam intermediárias entre a vermelha e a laranja, aproximadamente.
Para saber mais, entre no site da CBT (www.cbtenis.com.br).  Lá, além do link para o site do sistema (www.tennisplayandstay.com), você ainda pode acompanhar a aplicação disso tudo nas competições nacionais até 10 anos.
Lembrando: o sistema facilita o aprendizado para adultos e crianças.
Nos próximos artigos, mais dicas sobre o que o sistema Play and Stay pode fazer pelo seu jogo!

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Façanhas e Curiosidades



O inédito "golden set"
O norte-americano Bill Scanlon detém uma façanha jamais igualada no tênis profissional. No WCT de Gold Coast, em 1983, ele conseguiu um “golden set”, ou seja, venceu por 6/0 sem perder um único ponto. E quem era seu adversário? O gaúcho Marcos Hocevar, na época 37º do ranking mundial. “O curioso é que não percebi o que estava acontecendo”, relembra Scanlon, um top 10 com vitórias sobre estrelas como Agassi, Becker, Borg, McEnroe e Lendl. "Acho que o set durou uns 15 minutos e só depois da partida é que o árbitro me contou que eu não havia perdido qualquer ponto no segundo set".

Koch e Estherzinha nas mistas

Thomaz Koch e Maria Esther Bueno foram os únicos brasileiros a ganhar título de Grand Slam em duplas mistas até hoje, curiosamente ambos em Roland Garros. Koch se juntou à italiana Fiorella Bonicelli para faturar o torneio de 75, enquanto Estherzinha venceu em 60 ao lado do australiano Bob Howe. Três chances perdidas aconteceram: em 82, com Cássio Motta e Cláudia Monteiro; em 2001, com Jaime Oncins (ao lado da argentina Paola Suarez); e em 2009, com Marcelo Melo (ao lado da americana Vania King), todos também da França.

Recordes de público

A partida exibição entre a belga Kim Clijsters e a norte-americana Serena Williams, realizada no dia 8 de julho de 2010, em Bruxelas, quebrou o recorde mundial de público presente em um jogo de tênis. A quadra foi montada no estádio Rei Baudouin e recebeu 35.621 espectadores, que viram a vitória de Clijsters por 6/3 e 6/2.
O duelo teve por objetivo superar a marca de 30.472 pessoas, que foram ao Astrodome de Houston, nos Estados Unidos, no dia 20 de setembro de 1973, para assistir à "batalha dos sexos" entre Billie Jean King e Bobby Riggs. King venceu por 6/4, 6/3 e 6/3. Estima-se que 50 milhões de pessoas viram o duelo ao vivo, via TV, em todo o mundo.

Finais brasileiras

O Brasil teve dois finalistas de um mesmo ATP Tour somente uma vez na história do tênis profissional. Foi em 1992, quando Luiz Mattar venceu Jaime Oncins para conquistar o torneio de São Paulo. Outro domingo histórico aconteceu em 7 de março de 1994, quando o Brasil disputou duas finais ao mesmo tempo: Mattar foi vice em Scottsdale (EUA) e Roberto Jábali, na Cidade do México.

Nossos outros top 10

Gustavo Kuerten não foi o único top 10 brasileiro do tênis profissional. No dia 4 de outubro de 83, Cássio Motta ocupou o quarto lugar do ranking individual de duplas; duas semanas depois, Carlos Kirmayr apareceu como oitavo. Os dois ocuparam ainda o quarto lugar das parcerias na temporada e assim se tornaram os primeiros brasileiros a jogar o Masters, então em Nova York. Até hoje, os dois são os recordistas de finais de duplas pelo Brasil: Kirmayr ganhou 11 e foi vice em 15; Motta faturou 10 e jogou mais 15 finais.

Graf ficou 377 semanas como número 1

A alemã Steffi Graf detém a maior quantidade de semanas na liderança do tênis feminino. Ela foi a número 1 do mundo por 377 semanas, sendo 186 delas consecutivas, o que é outro recorde. Atrás dela, estão as norte-americanas Martina Navratilova, com 331 semanas na liderança (156 seguidas, segunda melhor marca); e Chris Evert, com 262.

US Open já mudou de piso três vezes

O Aberto dos Estados Unidos é o único evento de Grand Slam que já foi disputado em três pisos diferentes. Até 1974, ele acontecia na grama; depois passou para o har-tru (chamado de saibro verde, na verdade com tom acinzentado) e por fim, em 78, com a inauguração do National Tennis Center, passou ao DecoTurf II, piso de resina sintética. O Aberto da Austrália utilizou a grama até 86 e passou para o Rebound Ace, também sintético, em 88. Roland Garros sempre foi no saibro e Wimbledon, na grama.

Vilas é recordista de vitórias na França

Desde o início da era profissional, em 1968, Roland Garros só teve cinco tricampeões: o sueco Bjorn Borg (único a vencer seis vezes, em 74, 75 e de 78 a 81), o então tcheco Ivan Lendl (84, 86 e 87), o sueco Mats Wilander (82, 85 e 88), o nosso Gustavo Kuerten (97, 2000 e 2001) e recentemente o espanhol Rafael Nadal (2005 a 2007). No entanto, o recordista de vitórias no Aberto francês é o argentino Guillermo Vilas (foto), com 56 em 18 anos de participação. Vilas foi campeão em 77.

O mais longo tiebreak

O tiebreak mais longo da história do tênis durou 1h47, apesar do placar de 13 a 11. Foi o disputado no segundo set entre Vicki Nelson-Dunbar e Jean Hepner, na primeira rodada do torneio de Richmond, em 1984. Um único ponto desse tiebreak levou 29 minutos, durante os quais a bola cruzou a rede por 643 vezes. Nelson-Dunbar ganhou por 6/4 e 7/6.

Connors é quem mais venceu nos Grand Slam

O norte-americano Jimmy Connors é quem mais venceu na história dos Grand Slam. Ele ganhou 233 de 282 jogos. Logo depois, vem o norte-americano Ivan Lendl, que tem 222 vitórias e as mesmas 49 derrotas. O também norte-americano Pete Sampras ganhou 194 de 230 partidas.

Grand Slam do saibro

Ao ganhar o torneio de Hamburgo em 2001, Gustavo Kuerten se tornou apenas o quinto tenista, em 50 anos, a completar o "Grand Slam do saibro", ou seja, vencer pelo menos uma vez os torneios de Roland Garros, Monte Carlo, Roma e Hamburgo. Os outros quatro heróis foram Ivan Lendl, Guillermo Vilas, Jaroslav Drobry e Nicola Pietrangeli. O espanhol Rafael Nadal entrou para a galeria em 2008, ao ganhar Hamburgo, e completou o perfeito 'Clay Slam' em 2010, vencendo sucessivamente Monte Carlo, Roma, Madri e Roland Garros..

Kafelnikov, o homem de ferro

O russo Yevgeny Kafelnikov é o Ironman do tênis profissional. Em seis de oito anos, ele foi quem mais disputou partidas no circuito masculino. Seu incrível recorde foi de 171 jogos, obtido duas vezes, em 94 e 96. Em simples, ele chegou a 105 também por duas vezes (95 e 96). O único a quebrar sua hegemonia foi o sueco Jonas Bjorkman, que disputou 158 partidas em 97.

Os recordes insuperáveis de Navratilova

A norte-americana Martina Navratilova detém dois recordes que provavelmente jamais sejam batidos no tênis profissional. Em sua carreira, iniciada em 1973, ela somou 1.438 vitórias de simples, 129 a mais que Chris Evert e mais de 500 sobre Steffi Graf. No quesito títulos, Martina chegou a 167 de simples, 13 a mais que Chris Evert e 60 acima de Graf. O recordista masculino é Jimmy Connors, com "apenas" 109.

Borg é o rei

O sueco Bjorn Borg não foi o maior tenista sobre piso lento da história por mero acaso. Além de ter vencido Roland Garros por seis vezes, quatro delas consecutivas, ele ainda por duas vezes, em 78 e 80, chegou ao título sem perder um set sequer. Seu índice de aproveitamento foi incrível: ganhou 79,8% dos games que disputou em 78 e 76,8% em 80.

As donas do tênis amador

Helen Wills Moody não perdeu um set sequer de simples entre os anos de 1927 e 1932. Suzanne Lenglen foi derrotada apenas uma vez em jogos individuais entre os anos de 1919 e 1926. Ainda assim, isso aconteceu por abandono, durante uma partida do Nacional Norte-americano de 1921. Infelizmente, o número exato de jogos disputados por essas duas fantásticas tenistas não é preciso, devido à falta de documentação naquela época.

França e Suíça batem recorde na Copa Davis

O maratônico duelo entre Suíça e França, pelas quartas-de-final da Copa Davis de 2001, bateu um recorde: durante as cinco equilibradas partidas, foram disputados 275 games em 21 horas, determinando o mais longo confronto em qualquer nível da Davis, desde a introdução do tiebreak, em 1989. Três dos cinco jogos terminaram no quinto set. A França venceu.

Os feitos de Margaret Court

A australiana Margaret Smith Court detém o recorde absoluto de quantidade de títulos vencido numa única temporada. Em 70, ela ganhou nada menos que 21 campeonatos. Curiosamente, a segunda e terceira melhores marcas também são dela: 18 troféus tanto em 69 como em 73.

Nastase ficou três anos sem perder um set em Monte Carlo

O folclórico romeno Ilie Nastase detém uma das maiores façanhas do tênis profissional. No torneio de Monte Carlo, um dos mais importantes sobre o piso de saibro, Nastase ganhou nada menos que 32 sets consecutivos, entre 71 e 74, período em que foi tricampeão.

Domínio dos canhotos

A única vez na história do tênis profissional masculino que todos os semifinalistas de um torneio eram canhotos aconteceu no WCT de Richmond, em 1980, quando jogaram Victor Amaya, John McEnroe, Roscoe Tanner e Guillermo Vilas. O campeão foi McEnroe.

Roger Feder quebrando a Raquete

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Vários tipos de quadra e agora ?

Olá amigons  , hoje iremos falar dos diferentes tipos de quadra e a sua aplicação no nosso corpo.
Existem vários tipos de piso para prática do tênis e eles são divididos classicamente em três: Grama, Hard (Existem muitos tipos de piso que se enquadram na classificação quadra dura, tipo o Lisonda, o cimento e o carpete, entre outros) e Saibro;
Essa diferença entre os tipos de piso determina ao tênis uma particularidade em relação a quase todos os outros esportes, um jogador profissional ou não, está sempre alternando de piso, e apresenta um desempenho em uma superfície, e outro em determinada quadra.

Essas diferenças de desempenho pode estar relacionada na diferença
entre os pisos, a principal diferença esta no quique da bola e na possibilidade ou não de deslizamento do jogador na quadra. Na grama a bola não sobe muito e geralmente ganha velocidade após o quique, em virtude disso o jogo tende a ganhar em agressividade no saque e na devolução; No saibro o quique da bola é mais alto, o que permite um jogo mais lento pois permite um maior tempo de preparação para os golpes, permite um maior numero de mais trocas de bola no fundo de quadra e também está associada a muitos deslocamentos laterais com deslizamento, são duas formas distintas de se jogar tênis, tanto tática como fisicamente. A quadra dura apresenta uma combinação entre as características dos outros tipos de piso, o quique é intermediário, a velocidade da bola continua rápida, porém a quadra hard, não permite o “deslizar” o que resulta em um maior trabalho corporal para realizar a “freada” e ocorre um maior numero de giros em um próprio eixo para se retornar ao centro da quadra para a disputa do ponto.
Bom, mas, qual aplicação destas informações para nós atletas amadores….
Utilizou essas informações para indicar a melhor superfície para o retorno do atleta, pois se o paciente apresenta uma lesão em membros inferiores, o jogo dele na quadra HARD irá submeter um estresse maior nos membros inferiores e conseqüentemente ele estará a mercê de uma nova lesão, assim, indico o retorno na quadra de saibro.
Já um atleta que sofreu uma lesão em membros superiores, a indicação da quadra Hard é mais aconselhável, pois a quadra de saibro exige um maior numero de troca de bola, e a necessidade de imprimir uma maior força nos golpes, e assim, o atleta fica mais vulnerável a ter uma reincidiva na lesão.
Por isso fique esperto no momento do retorno da sua lesão, para não ter uma reincidiva da mesma lesão. Uma pequena mudança de quadr apode resolver esta situação
Bom essa é mais uma dica do seu fisioterapeuta Dr. Caio Pazziani
Um abraço,
Dr. Caio Pazziani


Após Federer ter dito que ficou feliz com o final da temporada de quadra dura, e que agora só pensará no saibro, me perguntaram qual a diferença entre os pisos usados nos campeonatos. Por isso, esse post irá dar uma breve explicação dos vários tipos de superfícies. Os pisos podem ser de saibro, grama ou duros:


Saibro: as quadras de saibro são feitas de pó de tijolo. Esse tipo de quadra é considerada “lenta”, porque nela a bola perde velocidade ao quicar, mas o atrito com o chão faz com que ela ganhe altura, diminuindo ainda mais a velocidade do jogo. Uma jogada muito utilizada no saibro é o dropshot, que é a bola batida próxima a rede, fazendo com que o adversário não consiga alcançar a bola. Favorece muito os jogadores defensivos, que costumam vencer os pontos cansando os adversários.  Alguns dos torneios disputados no saibro: o Aberto de Roland Garros, na França, o Masters de Monte Carlo, Masters de Hamburgo e o Aberto do Brasil.



Quadra de Saibro



Quadra de Saibro

Grama: são as mais rápidas do circuito. Ao quicar, a bola perde altura mas ganha velocidade, fazendo com que os pontos sejam rápidos. Na grama se destacam os jogadores ofensivos, que buscam a definição rápida dos pontos através de saques fortes e que sabem jogar na rede. Levam vantagem também os jogadores que são bons em impedir a bola de quicar, acelerando a disputa do ponto. Os principais torneios jogados na grama são: Wimbledon, na Inglaterra, e o Aberto de Queens, também na Inglaterra.


Quadra de Wimbledon - Grama


Quadra de Wimbledon - Grama



Crandon Park - Miami
Crandon Park - Miami
Quadras duras: são consideradas como superfícies “médias”. Podendo variar de velocidade, são mais rápidas que as quadras de saibro e mais lentas do que as de grama. É considerada a quadra perfeita para quem sabe combinar diversos estilos de jogo. Os Abertos dos Estados Unidos e da Austrália são disputados em quadra dura, porém o torneio norte-americano é disputado em superfície sintética, enquanto que o australiano é jogado em carpete. A diferença entre eles é que o carpete é mais esponjoso do que o sintético, o que faz com que a bola perca velocidade após quicar. Os maiores torneios são os Abertos da Austrália e dos Estados Unidos, o Masters de Cincinnati e o Masters de Indian Wells.

8 anos depois, Brasil encerra temporada com 3 Top 100 na ATP


Bellucci, Mello e Daniel iniciam 2011 entre os 100 primeiros. Feijão é o 109º.
Depois de oito anos, o Brasil encerrará uma temporada com 3 tenistas entre os 100 melhores do mundo em simples no Ranking ATP. No ranking desta segunda-feira, Thomaz Bellucci, 31º, Ricardo Mello, 75º, e Marcos Daniel, 97º, confirmaram o feito. João Olavo Souza segue próximo, em 109º lugar. Com o fim da temporada de ATPs e Challengers, eles devem permanecer nas posições até o início de 2011.
A última vez em que o Brasil teve três Top 100 ao final da temporada foi em 2002, quando Gustavo Kuerten, Flávio Saretta, André Sá e Fernando Meligeni estavam entre os 100 do mundo em dezembro. Em 2008 e 2009, Bellucci e Daniel encerraram o ano no Top 100, e Thiago Alves e Ricardo Mello também entraram na lista, mas não haviam terminado o ano em boas colocações.
Nas duplas, o Brasil tem 4 tenistas no Top 80. Bruno Soares, 35º, Marcelo Melo, 39º, André Sá, 71º, e Franco Ferreiro, 73º.
Site CBT

Primeiro-ministro britânico recebe tenistas que disputarão o ATP Finals

novembro 19th, 2010 Fábio Leto
estadão.com.br

Primeiro-ministro da Grã-Bretanha, David Cameron, recebe tenistas em Downing Street (Leon Neal/AP)
O primeiro-ministro britânico David Cameron recebeu nesta quinta-feira os oito tenistas que participarão do ATP Finals a partir do próximo domingo em Londres, capital inglesa.
Na foto acima, eles posam para foto – da esquerda para a direita estão Rafael Nadal, Novak Djokovic, Andy Murray, David Cameron, Andy Roddick, Roger Federer, Tomas Berdych, David Ferrer e Robin Soderling.

Guga venceu o ATP World Tour Finals?


Nesse domingo começa o ATP World Tour Finals, com os 8 melhores tenistas da temporada. Os favoritos Rafael Nadal, Roger Federer e Novak Djokovic disputam com outros 5 grandes tenistas um dos torneios mais importantes do ano.
A pergunta feita no título desse post foi: Guga venceu esse torneio?
Sim, Guga venceu esse torneio quando ele ainda se chamava Tennis Masters Cup, nome que foi mantido até 2008.

O torneio de 2009 já foi disputado como ATP World Tour Finals. Mas essa não foi a única mudança que ocorreu no nome do “Masters”, que ainda é muito usado pelo público e até pela imprensa especializada.
O torneio começou em 1970 como Masters Grand Prix, nome que foi mantido até 1989. Em 1990 o torneio foi vencido por Andre Agassi e pasou a se chamar ATP Tour World Championships, nome que foi mantido até 1999.

No ano 2000, Guga venceu o primeiro Tennis Masters Cup, que manteve esse nome até 2008. Em 2009, como já dissemos, em 2009 o torneio passou a se chamar ATP World Tour Finals.

Apesar das várias mudanças de nome e do fato de que a ATP passou a gerir o torneio apenas a partir de 1990, a tabela de vencedores é unificada, o que caracteriza que se trata do mesmo torneio, vencido por Agassi em 1990 e por Guga em 2000.

Use as pernas para sacar!

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

A Importância dos pais na formação de um futuro campeão

Olá galera.


Escrevendo esse meu primeiro post aproveitando a semana na academia onde pude a alguns meses ver algo que no meio tenístico pode ser muito positivo e ao mesmo tempo devastador.
A presença dos pais na formação tenística de seus filhos.
É óbvio que os pais exercem uma grande influência na educação e formação esportivas de seus filhos. Eles servem como modelo de comportamento. Muitos pais de atletas, praticaram um esporte na juventude, ou foram ex-atletas. Os pais muitas vezes foram as primeiras pessoas que motivaram e incentivaram seus filhos a praticarem esporte e a se dedicarem a uma carreira esportiva como atleta. Em alguns casos, os pais foram os primeiros técnicos que ensinaram aos seus filhos os primeiros passos técnicos como por exemplo o pai das irmãs Willams, a mãe da Martina Hingis, ou o Larri Passos que atuou como um pai para o Guga.

 
Pais de atletas ensinam também à seus filhos, atitudes e valores como disciplina, respeito, compromisso, trabalho/treino duro, responsabilidade, persistência entre outros. Eles apóiam seus filhos financeiramente, dedicam bastante tempo para acompanhar seus filhos nos treinos e competições e às vezes fazem um grande sacrifício econômico.

Por outra parte existem pais que interferem de forma negativa na vida dos seus filhos, por exemplo, tem expectativas exageradas, pressionam seus filhos para ter sucesso ou subir no ranking e valorizam o princípio: “vencer é tudo”. Esses pais podem atrapalhar o desenvolvimento esportivo e psico-social dos seus filhos e prejudicar psicologicamente o desenvolvimento dos mesmos.
Pressão psicológica, falta de apoio emocional por parte dos pais podem produzir filhos estressados, ansiosos, emocionalmente desequilibrados, inseguros, com problemas de auto-estima e auto-confiança, entre outros


Nesses quase 22 anos no meio do tenis pude ver de perto a atitude de alguns pais em quadra e fora delas em relação a seus filhos , os que participam de competição e os que não competem .
E o resultado as vezes foi desanimador , pra não dizer péssimo. Pais de crianças de 10 , 11 , 12 , 13 anos exigindo vitórias aos gritos , esbravejando pedidos de jogadas belas , nos treinos brigando e criticando a molecada qdo algo sai errado….


Atitudes essas que contribuem sim em apenas um aspecto.
A desistência precoce de , as vezes , alguns bons talentos no tenis.
Acompanhando de perto agora a atitude de alguns pais lá em nossa academia pude ver que isso esta mudando , e os marmanjos estão menos exigentes com seus filhos e, ao contrario de impor vitorias e subidas no ranking de 13 anos masc. ou fem. da federação ( que não vale absolutamente nada ) estão sempre por 


perto buscando cada vez mais incentivar e acompanhar seus filhotes na quadra e torneio , fazendo com que o mais importante , que é desenvolver o interesse a paixão e vontade de jogar , aumente cada vez mais.
Se esses meninos e meninas serão grandes campeões , não podemos prever…
Mas que serão atletas e tenistas felizes e fazendo o que gostam , tenho certeza que sim.

Gde abs a todos.



www.showdetenis.com.br
Por: Rodrigo Barbosa  

sábado, 6 de novembro de 2010

Modulo A Play & Stay


Queremos agradecer a sua participação no Curso do Módulo A em Vitória. Que ele possa contribuir para que você tenha cada vez mais êxito em sua profissão.

Vamos continuar trabalhando juntos, fazendo a parte que nos cabe e vermos a transformação do tênis no Brasil.

Em anexo enviamos a foto oficial do curso.

Obrigado pela confiança depositada em nosso trabalho.



Conte conosco!

Atenciosamente,  Equipe do Depto. de Capacitação

Roger Federer Treino

O TENIS É UM ESPORTE PARA TODOS

Pessoas de qualquer idade, sexo ou grau de deficiência física podem jogar tênis. Não importa o níveo de jogo que tenha, a partir do momento em que saibam sacar, trocar bolas e pontuar, poderão ter a classificação do seu nível de jogo, facilitando, assim, a encontrar parceiro do mesmo nível para jogar.

O tênis é bom para a saúde e para a condição física. A ITF realizou estudos que demonstraram que quando jogadores amadores de nível similar jogam tênis durante uma hora, correm em media 2,5km e mantém um ritmo cardíaco médio entre 140 e 170 batimentos por minuto. Não é de se surpreender que tênis seja o melhor esporte para ajudar as pessoas de todas as idades a se manterem sadias e em plena forma.

Os estudos demonstraram que jogar tênis regularmente.

1 Melhora a saúde e o bem estar geral

2 Melhora a condição física aeróbica, a flexibilidade e a agilidade

3Reduz o risco de doenças como osteoporose, doenças cardíacas e diabetes

4 Melhora a capacidade de tomar decisões e de resolver situações difíceis.