quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Velocidade máxima no ponto de contato

Após a preparação do golpe (backswing), podemos caracterizar três importantes fases para os golpes no tênis:

A.  Fase de aceleração da raquete
B.  Fase de contato com a bola
C.  Fase de desaceleração da raquete

A fase de aceleração (A) parte de uma velocidade zero (V0), e por isso exige intensas contrações dos músculos envolvidos no golpe. É nesta fase que o executante terá a chance de acelerar a raquete até o ponto de contato com a bola (B). Se a preparação for curta, menor será a possibilidade de acelerar a raquete até o ponto de contato. Se a preparação for muito ampla, apesar do executante ter mais chance de acelerar a raquete, a precisão será prejudicada. Portanto, antes de golpear uma bola, é preciso dosar muito bem esta relação potência/precisão.

Entre algumas variáveis que definem a potência imprimida à bola, sem dúvida uma das mais importantes é a velocidade instantânea (Vi) com que as cordas da raquete atingem a bola.

Com estas informações podemos concluir que para imprimirmos bastante potência à bola, o ideal seria acelerarmos o máximo possível a raquete desde o ponto A até o ponto B. Mas não é tão simples assim: estudos científicos mostram que os atletas de elite, em várias modalidades, não atingem seu alvo com a velocidade máxima. Ocorre uma desaceleração pré-impacto, que pode ser explicada como sendo um mecanismo de ajuste, buscando a precisão. Veja nos quadros a seguir as magnitudes destas reduções de velocidade pré-impacto:

  • SAQUE (TÊNIS)


Pico de Velocidade


Velocidade no Impacto


Redução


Ponta da Raquete


144 km/h


97 km/h


33%

  • CHUTE (FUTEBOL)


Pico de Velocidade


Velocidade no Impacto


Redução



112 km/h


90 km/h


20%

  • SOCO (BOXE)


Pico de Velocidade


Velocidade no Impacto


Redução


Mão


41 km/h


34 km/h


17%

A fase de desaceleração da raquete (C) também é muito importante, principalmente quanto à integridade física dos músculos e tendões do membro superior. Durante esta fase, ou seja, após o impacto com a bola, o executante deve desacelerar a raquete rapidamente em uma distância muito curta. Esta desaceleração, que é chamada de contração excêntrica , requer um gasto energético muito grande e se realizada freqüente e bruscamente pode lesionar os grupos musculares envolvidos. Um exemplo clássico deste tipo de lesão é o tennis elbow, muitas vezes causado pela brusca desaceleração do braço durante o golpe de esquerda (backhand ).

 

Estou à disposição para dúvidas e discusssões.

 



Prof. Ms. LUDGERO BRAGA NETO é tenista de primeira classe pela Federação Paulista de Tênis, Mestre em Educação Física pela USP, onde atualmente faz Doutorado em Biomecânica do Tênis e é professor da disciplina Tênis. Atualmente é também coordenador técnico da Academia Slice Tennis, onde é o treinador da tenista Jenifer Widjaja.

Contatos pelo fone (11) 9281-2177
E-mail: ludgero@usp.br

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O TENIS É UM ESPORTE PARA TODOS

Pessoas de qualquer idade, sexo ou grau de deficiência física podem jogar tênis. Não importa o níveo de jogo que tenha, a partir do momento em que saibam sacar, trocar bolas e pontuar, poderão ter a classificação do seu nível de jogo, facilitando, assim, a encontrar parceiro do mesmo nível para jogar.

O tênis é bom para a saúde e para a condição física. A ITF realizou estudos que demonstraram que quando jogadores amadores de nível similar jogam tênis durante uma hora, correm em media 2,5km e mantém um ritmo cardíaco médio entre 140 e 170 batimentos por minuto. Não é de se surpreender que tênis seja o melhor esporte para ajudar as pessoas de todas as idades a se manterem sadias e em plena forma.

Os estudos demonstraram que jogar tênis regularmente.

1 Melhora a saúde e o bem estar geral

2 Melhora a condição física aeróbica, a flexibilidade e a agilidade

3Reduz o risco de doenças como osteoporose, doenças cardíacas e diabetes

4 Melhora a capacidade de tomar decisões e de resolver situações difíceis.