Alves não teme Hewitt e trabalha duro para tratar contusão
28/08/2009 às 13h42
Antonio Kurazumi
Especial para Tenisbrasil
O australiano Hewitt, ex-número 1 do mundo, é "apenas" mais um fator de motivação para Alves lutar pelo seu resultado mais destacado em um evento deste porte.Em entrevista exclusiva ao Tenisbrasil, o jogador de 27 anos conta como fez sua preparação e projeta uma grande partida diante do adversário da estreia.
"Tive um problema nas costas que acabou atrapalhando um pouquinho nos últimos dias de preparação. Mas já estou melhor e me sentindo pronto pra jogar", contou o número 106 do ranking da ATP, que conseguiu vaga direta na chave principal porque ocupava o top 100 há seis semanas, no fechamento das inscrições. Em 2008, ele furou o qualifying com maestria e só parou na segunda rodada.
Alves ressalta sua última participação em Nova York, ano passado, para deixar claro que não entrará em quadra apenas como mero coadjuvante contra Hewitt. Em 2008, ele deu trabalho ao suíço Roger Federer na segunda rodada, mas perdeu em duros três sets, com parciais de 6/3, 7/5 e 6/4. "Com certeza será complicado vencê-lo, mas meu jogo cresce muito contra esses jogadores e acredito muito que farei uma grande apresentação", assegura o tenista, preparado "mentalmente e psicologicamente" para superar o oponente de Adelaide.
De fato, Lleyton Hewitt não se encontra no auge da carreira, especialmente por um problema que enfrentou no quadril, o qual o deixou de fora do campeonato em 2008. Até ganhou em Flushing Meadows, há oito anos, e entra no US Open na condição de cabeça 31. Ciente disso, Alves sabe que precisará suar muito para pregar uma surpresa no favorito. "Sei que vou ter que lutar demais porque ele é um grande guerreiro", aponta o jogador, que, há duas temporadas, também passou pelo primeiro confronto.
O paulista de Rio Preto não joga um duelo desde o challenger de Brasília, evento em que foi derrotado pelo compatriota Caio Zampieri logo na estreia. Antes, havia feito final em Campos do Jordão. Em Grand Slam na temporada, obteve relativo sucesso. Foi à segunda rodada em Wimbledon, mas caiu na primeira em Roland Garros. Em ambos, entrou como lucky-loser. Depois de atuar em Nova York, ele adiantou que, além da Copa Davis, vai para a Ásia jogar três qualis de ATP e mais três challengers, com premiação de US$ 100 mil.
O tenista de São José do Rio Preto precisa de resultados nestas competições, afinal defende uma boa quantidade de pontos. Ele admite isso, mas volta a demonstrar confiança para o restante do ano. "Estou jogando em um alto nível e por isso esses pontos não me preocupam. O que mais tenho de fazer é estar sempre evoluindo meu nível de tênis e isso estamos constantemente buscando nos treinamentos e jogos", salientou ele, pronto para tentar desbancar o experiente Hewitt.
Além de Alves, o gaúcho Marcos Daniel também tem presença confirmada na competição americana, com confronto agendado ante o argentino José Acasuso, ainda sem data definida. Ao contrário do compatriota, Daniel ainda busca a primeira vitória no Grand Slam. Ainda nesta sexta-feira, Júlio Silva, Ricardo Mello e Thomaz Bellucci jogam por um resultado positivo para avançarem à chave principal.
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